O público brasileiro acompanhou bem a ascensão de Marco Pigossi desde sua estreia na novela Eterna Magia (2007), passando pelo seu estouro em Caras & Bocas (2009) e seguindo pela frequência de papéis de mocinho na televisão, um tipo cultivado pelos projetos em que participou por boa parte da década de 2010. A partir do seu trabalho na série australiana Tidelands (2018), da Netflix, ele passou a desenvolver uma carreira internacional. Até que, em 2021, o astro que vinha sendo gestado dentro de um padrão heteronormativo rompeu essa imagem e assumiu o relacionamento com o dramaturgo e cineasta italiano Marco Calvani, que o dirigiu no sensível romance Maré Alta, que chega nesta quinta aos cinemas.
A princípio, Calvani queria que Lourenço fosse latino, porque assim o público americano entenderia melhor a relação com a imigração. Inicialmente ele era mexicano, depois venezuelano e, então, quando conheceu Pigossi e ele compartilhou suas histórias, ficou claro que o personagem tinha que ser brasileiro. "Ele realmente apareceu nessa junção entre as coisas que eu sentia", completa o diretor. Em Maré Alta, o sentimento individual de solidão vira um encontro de afetos que Calvani e Pigossi, cada um contando a história a seu modo, transbordam para dentro e fora da tela.
[VIDEO1]
Leia a notícia no Diario de Pernambuco