Um disco de carne moída entre fatias de pão redondo caracteriza o hambúrguer, um dos lanches mais populares do mundo. A simplicidade da receita abre margem para variações que exploram novos sabores e texturas, como as versões gourmet, em que o refinamento da montagem ganha destaque. Apesar dessa tendência, estabelecimentos raiz, que apostam em ingredientes artesanais, continuam atraindo clientes. Exemplo disso é a Larica’s, a hamburgueria mais antiga de Olinda, que desde 1991 mantém sua tradição como destino para quem precisa matar a fome, até mesmo quando o relógio já passa da meia-noite.
O proprietário Eduardo Pinto herdou do avô o amor pelo comércio e, desde cedo, compreendeu que a relação com os clientes é um dos pontos mais delicados do negócio. Para ele, ter superado este desafio foi decisivo para a Larica’s alcançar mais de três décadas de sucesso. “É preciso ser paciente. Tem gente que vem mais para conversar do que para lanchar”, atesta.
O cardápio também oferece outras alternativas — como carne de sol, picanha, charque, queijo coalho, coração de galinha, filé de peito e frango desfiado — e conquista uma clientela famosa, como os músicos Fábio Trummer, da Banda Eddie, e Chinaina, antigos frequentadores do local, que, mesmo morando fora, sempre aparecem por lá quando estão por Pernambuco.
Na busca por tornar seus hambúrgueres ainda mais suculentos, Eduardo já pensa em mudanças no preparo da carne. “Eu tenho a ideia de começar a vender hambúrguer na brasa, que é bem mais saboroso, com aquele gosto marcante. E, além disso, é mais saudável, porque na brasa não tem o excesso de óleo que a chapa traz”, explica.
Seja na brasa ou na chapa, com ou sem maionese, o que nunca muda é que, quando bater aquela larica, o hambúrguer de Eduardo vai ser o abraço que seu estômago espera.
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