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Projeto Museus Domiciliares promove lançamento de websérie e livro

Apresentação acontece nesta quarta (26), às 15h, no Memorial da Democracia de Pernambuco



“Fomos em busca de espaços fora dos grandes centros urbanos e observamos que são práticas de vida nesses territórios, com diferentes maneiras de organizar, produzir, manter coleções e uma mediação, um contato com o público. Um modo de partilha que borra um pouco as fronteiras entre público e privado. Procuramos observar o que há em comum com a prática museal tradicional, mas, na verdade, o projeto parte do que diferencia. A intenção não é, a partir desse estudo, definir ou classificar essas casas como museus domiciliares. Na verdade, queremos mais questionar e refletir sobre um conceito eurocêntrico na concepção de museu vigente”, aponta Bruna Rafaella Ferrer.

Nesse processo, as coleções encontradas revelam as inúmeras possibilidades dos Museus Domiciliares: passam não só por objetos pessoais e/ou sagrados, fotografias, obras de arte, itens que estão nas famílias por gerações, pela dança, música, como também, como no caso das sementes, pela ecologia – cujo prefixo vem do grego oikos, que significa “casa” ou “lugar onde se vive”. 

“São espaços que fazem pensar outras formas de se elaborar uma expografia, uma curadoria, uma mediação. Acho que esses espaços trazem uma força e uma riqueza para o debate da Museologia por apresentar para a gente outras soluções nessas três grandes frentes. Esse movimento de conceber outras formas de museu não é uma novidade; está muito bem sedimentado na própria Museologia, mas acho que o grande trunfo desse projeto é trazer esse olhar a partir desses espaços que também são casas. É uma ideia diferente da ‘casa-museu’ (ou ‘museu-casa’), como as de Rui Barbosa ou Getúlio Vargas, por exemplo, que não são mais residências. Nós temos olhado para esses espaços que têm a hospitalidade como traço definidor”, reforça Marcela Lins.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco