Faleceu nesta quinta-feira (16) um dos cineastas mais emblemáticos do cinema norte-americano. A quatro dias de completar 79 anos, David Lynch, que sofria de um enfisema pulmonar diagnosticado em 2024, teve sua morte anunciada pela família através do Facebook, em um comunicado que não confirmou a causa direta e pediu por privacidade.
“É com muito pesar que nós, a família, anunciamos a passagem do homem e do artista, David Lynch. Gostaríamos de pedir alguma privacidade neste momento. Tem um grande buraco em nosso mundo agora que ele não está mais entre nós. Mas, como ele dizia, mantenha o olho no donut, não no buraco da rosquinha… é um dia lindo de sol, com um céu azul de toda forma'”, diz a mensagem deixada na rede social.
Lynch era conhecido por uma das obras mais enigmáticas e abstratas do cinema hollywoodiano e se tornou um dos maiores expoentes do cinema surrealista americano a partir da década de 1970, ativo como diretor de cinema até o final dos anos 2000.
Nascido em 20 de janeiro na cidade de Missoula, no estado de Montana, e sua formação inicial foi em pintura, na Academia de Belas Artesn da Pensilvânia, mas rapidamente enveredeu pelo cinema, produzindo curtas. Sua estreia em longa-metragem foi com o clássico-cult Eraserhead, em 1977. Seu primeiro grande sucesso comercial foi o multi-indicado ao Oscar O Homem Elefante, que também lhe rendeu a primeira nomeação de como diretor.
Desde então, Lynch fez outros filmes marcantes como Veludo Azul e Cidade dos Sonhos (ambos indicados ao Oscar de Melhor Direção), Coração Selvagem (vencedor da Palma de Ouro em Cannes) e A Estrada Perdida, além de ter criado a popular série de suspense policial Twin Peaks. Seu último filme foi o radical e abstrato Império dos Sonhos, de 2007. Como ator, fez participações especiais em alguns de seus próprios trabalhos e, nos últimos anos, estrelou em Lucky, de John Caroll Lynch, e Os Fabelmans, de Steven Spielberg.
Com um estilo marcado pelas influências surrealistas, por narrativas intrincadas de suspense e terror cheias de simbolsmos enigmáticos, Lynch se transformou em um dos nomes mais referendados da cultura cinematográfica, sobretudo na forma de se filmar sonhos, pesadelos e características do subconsciente.
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