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Michael Sullivan homenageia nome de batismo em novo disco
Autor de alguns dos maiores clássicos da música brasileira, Michael Sullivan está lançando seu primeiro álbum de inéditas depois de 28 anos. O trabalho leva seu nome de batismo, “Ivanilton”, e foi produzido por Alice Caymmi, neta de Dorival e amiga de Sullivan desde a infância.
Aos 73 anos, o músico que teve centenas de hits gravados por Tim Maia, Alcione, Fagner, Sandra de Sá, Gal Costa, Roupa Nova e Xuxa escolheu jovens artistas para seus duetos, como o pernambucano Almério, Filipe Catto, Julio Secchin e Roberta Campos.
“Minha visão de música é atemporal. Busco o todo tempo me diversificar, incluir, aprender e ensinar para criar e recriar o contemporâneo. O jovem está fadado (graças a Deus) a construir, empreender e se movimentar, e essa vibe é algo que me motiva e me impulsiona musicalmente”, conta Sullivan.
São 11 canções inéditas que tornaram este o álbum mais autobiográfico do músico, que nasceu no Pernambuco, foi para o Rio aos 17 anos, morou ruas até conhecer Tim Maia, Cassiano e Hyldon e se deparar com cena da black music nacional. “As letras dos meus coautores, Celso Fonseca, Juliano Holanda, Ana Carolina, Marília Bessy e Alice Caymmi vieram muito biográficas porque todos conhecem bem a persona Ivanilton, e sobre ele conversamos e o expusemos.”
Além do elenco jovem, seu grande “irmão” Fagner interpreta "Tempestade”. “Dentro das afinidades que tenho com ele, a principal é que, assim como eu, Fagner encara a tempestade com bravura. Com experiência aprendemos que não importa o tamanho da tempestade, o que irá determinar o curso da vida é a direção da vela.”
Mais de 500 hits
Sullivan despontou na cena musical com "My Life", em 1976. O compacto virou trilha sonora da novela "O Casarão" da Globo, e vendeu milhares de cópias. Aliás, ao lado de Paulo Massadas, ele emplacou mais de 30 canções em novelas, dos mais variados estilos. “Eu sempre fui e serei uma playlist de diversos. Por isso até fui incompreendido musicalmente, quando compunha e produzia “Lua de Cristal” e “Me Dê Motivo”, ou “Whisky a Gogo” e “Um Dia de Domingo”. Mas eu sou essa diversidade porque continuo para viver as cenas e me conectar com as tendências e inclinações sonoras”.