° / °

Instituto Pernambuco Porto tem solenidade de abertura nesta quinta (28)

Por

Nesta quinta-feira (28), o Instituto Pernambuco-Porto (IPPB) terá abertura em solenidade que será realizada às 16h. Associação sem fins lucrativos constituída pela Universidade do Porto, Estado de Pernambuco, Câmara Municipal do Porto, Prefeitura do Recife, Universidade de Pernambuco (UPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a instituição foi idealizada pelos amigos portugueses Zeferino Ferreira da Costa e Artur Valente, que vivem há anos no Brasil.

“Esse espaço tem como objetivo fazer portugueses e brasileiros se conhecerem melhor”, fala. “Quando eu cheguei ao Brasil, a cultura, capacidade, o desenvolvimento, eram desconhecidos para mim. Poucos portugueses sabiam do potencial do Brasil, que sempre foi grande. E Portugal é um país pequeno mas é grande na cultura. Isso precisava ser descortinado”, conta Zeferino. 

A gestora do Instituto Pernambuco-Porto, Germana Soares, comenta sobre o IPPB ser uma ferramenta para que os portugueses conheçam mais sobre o Brasil: “Ambos os povos, do Brasil e de Portugal, possuem muita similaridade e muitos não sabem disso. Porém, essa é uma oportunidade de apresentar não só as semelhanças, mas as peculiaridades. A cultura nordestina e suas tradições, por exemplo, que tem muito da influência portuguesa nas suas origens. É importante destacar que não somos só uma casa para cultura, nem só para acadêmica, nem só para empresários. A ideia é trabalharmos em todas as esferas. É uma tarefa difícil e que demanda esforços em vários aspectos, mas vamos fazer o possível para atender a todos", ressalta.
O local deve receber eventos como exposições, congressos, feiras de negócios, apresentações culturais, entre outros, e o edifício sede do Instituto Pernambuco-Porto está instalado em um terreno de 7.800 m², com 2.300 m² de área construída, e implantado na cidade do Porto. Será lançada na abertura a exposição inédita e aberta ao público 'Uma viagem pelo artesanato de Pernambuco - do litoral ao sertão", desenvolvida pela designer Carla Gama e pela arquiteta Roberta Borsoi, que traz fotografias de Fred Jordão e peças de mestres artesãos pernambucanos vivos e em atividade, como J. Borges, Neguinha, Nicola, e Maria de Ana, filha de Ana das Carrancas, para criar uma narrativa na qual o público irá fazer uma viagem por Pernambuco através da arte, conhecendo a diversidade do artesanato e de sua cultura. A exibição vai ficar instalada no salão principal do Instituto. São quatro painéis com fotografias das quatro regiões do estado - Litoral, Zona da Mata, Agreste e Sertão – e totens com as obras e retratos dos artesãos.

“São obras que um pernambucano consegue identificar facilmente, pois permeiam a nossa tradição”, diz Germana Soares. Segundo Roberta Borsoi, a mostra também busca apresentar ao público de outros países o trabalho de artesão. “A exposição de Fred ajuda a trazer contexto para a arte apresentada. É um passeio pelo estado partindo do artesanato e das pessoas, já mostra aquele personagem que está retratado na cerâmica, na madeira. Também é um modo de mostrar a predominância cultural de cada região, seus saberes ancestrais e tradições”, explica.