O Afoxé Omim Sabá se prepara para participar de mais uma edição do Festival de Inverno de Garanhuns. O grupo do bairro do Cordeiro, na Zona Oeste do Recife, promete encantar ao público com a beleza, a musicalidade e a religiosidade de matriz africana. A apresentação será às 18 horas deste sábado (20), no Palco Cultura Popular Ariano Suassuna, localizado na Av. Santo Antônio, no centro da cidade.
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Afoxé Omim Sabá leva o encanto da ancestralidade africana ao FIG neste sábado
Iemanjá é o orixá que rege o afoxé. A divindade está ligada aos mares e à maternidade. Ela é representada na indumentária, na música e nos movimentos executados pelo grupo. A última apresentação no palco do FIG aconteceu em 2015, como conta o presidente Marcos Silva, carinhosamente conhecido como Marquinhos de Ossayn. “Estamos muito animados e ansiosos. As expectativas são as melhores possíveis tendo em vista que este Festival é uma das principais vitrines para Cultura Popular, onde poderemos encontrar nosso público como, também, cativar outros”.
O afoxé passou por algumas reformulações no corpo de palco nos últimos meses e conta com novos integrantes, além dos que acompanham há um certo tempo. “Estamos recebendo alguns brincantes de volta, como por exemplo, a vocalista Ana Fabíola. A nossa família está cada vez mais completa e pretende mostrar a força e o encanto em Garanhuns”, conta o presidente.
O Afoxé Omim Sabá surgiu no dia 15 de agosto de 2002 com a intenção de divulgar a cultura e a religiosidade de matriz africana. As canções enaltecem a religiosidade a ancestralidade de matriz africana. Elas levantam questionamentos sobre o combate ao racismo e a intolerância religiosa, bem como a reflexão acerca da representatividade e do empoderamento negro. O orixá patrono do afoxé é Yemanjá, divindade ligada aos oceanos e a maternidade. O grupo é bastante atuante e já participou de vários festivais e projetos culturais. Sem dúvidas, um dos mais aguardados da noite do Tradicional Encontro de Afoxés de Pernambuco, realizada no domingo de carnaval, no Pátio do Terço. Ele é associado à União dos Afoxés de Pernambuco (UAPE).
Durante o ano, o grupo promove uma série de atividades formativas, além dos ensaios e oficinas. A última foi o seminário “Africanidades Brasileiras e Educação”, realizado no Museu da Abolição. Ele teve início na última terça-feira e terminou nesta quinta (18), com o número de 100 inscritos. O projeto contou com a parceira do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Universidade Federal de Pernambuco e do Museu da Abolição e recebeu o Professor Doutor Henrique Cunha Júnior, da UF do Ceará. A discussão no seminário esteve centrada no nos efeitos do racismo anti-negro e nas formas como a população negra tem enfrentado. As pessoas tiveram acesso a informações sobre a constituição dos bairros negros nas periferias dos centros urbanos, para onde a população negra foi segregada gradativamente no pós-abolição.