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Festival Virtuosi leva a música clássica para o Agreste pernambucano
Durante o mês de julho, o evento, que ocorre em Belo Jardim, Gravatá e Garanhuns, terá concertos de instrumentistas nacionais e internacionais

O mês de junho é conhecido por ser o período no qual o interior de Pernambuco costuma destacar forrozeiros com as tradicionais festas de São João. Com a chegada de julho, o foco muda de direção e os municípios de Belo Jardim, Gravatá e Garanhuns começam a dar espaço para que a música erudita atraia turistas e moradores do Agreste. A partir de hoje até o dia 27, o Festival Virtuosi vai contar com uma vasta programação do gênero com concertos de instrumentistas nacionais e internacionais em apresentações inéditas, além de masterclasses para estudantes de música da região e interessados em geral.
A primeira cidade a receber o festival será Belo Jardim, com shows gratuitos que vão ocorrer na Igreja Matriz da cidade até o próximo domingo. Depois, a temporada de música clássica aporta em Garanhuns (de 13 a 22 de julho) e em Gravatá (de 24 a 27 de julho). “Já estamos há 14 anos em Garanhuns, há 10 em Gravatá e chegamos à quarta edição de Belo Jardim. Se eu pudesse, faria em todas as cidades do interior porque é impressionante a boa recepção que a gente tem do público”, diz a coordenadora geral do evento, Ana Lúcia Altino, que acrescenta: “É um festival importante para esses municípios do interior do estado porque atrai mais de mil pessoas por noite. Temos que colocar telões do lado de fora das igrejas porque o retorno do público costuma ser maior do que o esperado”.
Em Belo Jardim, cinco concertos estão programados para começar a partir das 20h. Se apresentam os trompetistas Ayrton Benck e Glaucio Xavier, o trompista Cisneiro Andrade, o trombonista Alexandre Magno, o tubista Valmir Vieira, o percussionista Glauco Andreza, o Coral Moura, o grupo de flautas Quinta Essência Quarteto, além dos professores Felícia Coelho, Gueber Santos e José Veríssimo, que darão masterclasses no festival. “Essas aulas coletivas são importantes porque o aluno acaba fazendo em uma semana, de forma intensa, o que ele faria em quase um semestre de aula regular. Além disso, ele aprende junto com o colega com um formato de aula mais interativa o que talvez não aprendesse sozinho”, explica Ana, sobre as aulas que serão ministradas durante o dia, intercalando com os shows à noite.
O Virtuosi vai além da música instrumental e também dá espaço para tenores, sopranos e barítonos. “Entre os artistas cantores temos Adriane Queiroz, uma soprano paraense que mora na Alemanha; o coral Contracantos, criado pelo maestro e professor da UFPE, Flávio Medeiros; a soprano recifense Gleyce Melo; o barítono Marcelo Ferreira; e o contratenor João Paulo Ferreira, que nasceu em Garanhuns e hoje mantém uma carreira na Europa”, afirma a coordenadora. Para Ana, o festival tem como objetivo mostrar talentos da música de concerto para um público que talvez não tenha o costume de consumir esse gênero. “A música clássica tem uma coisa muito forte que é tocar a sua sensibilidade e isso acontece independente de classe social ou do lugar onde mora, você vai ouvir e sentir da mesma forma. É uma peça que pode tocar aqui ou tocar na China”, comenta.
No Recife, o Festival Virtuosi chega em sua 21ª edição em dezembro e, segundo Ana, há planos para expandir o evento para outras cidades do estado. “Para as próximas edições, estamos pensando em levar a música erudita para Triunfo e Caruaru, mas só vamos bater o martelo mais para frente”, conclui. A programação completa de shows e recitais do Festival Virtuosi está disponível no site www.virtuosi.com.br.