Para o Governo do Estado, o "Festival de Inverno de Garanhuns foi criado para unir e divulgar expressões culturais e não para dividir e estimular a cultura do ódio e do preconceito". Segundo a nota, o Governo de Pernambuco também repudia todas tentativas de exploração eleitoreira feitas do episódio.
Em postagem no Facebook, o atual secretário de cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, se posicionou em relação daqueles se manifestaram contra a apresentação do espetáculo, incluindo o prefeito da cidade, Isaías Régis, que na última sexta-feira (29) concedeu entrevista em rádio local, informando que não iria permitir que a peça fosse encenada no Centro Cultural Alfredo Leite Cavalcanti.
Eis o que diz Marcelino Granja: "Infelizmente a intolerância que permeia os diferentes pontos de vista sobre política, arte e cultura, misturado com reacionarismo e exploração política da religiosidade do povo, em especial a atitude oportunista e eleitoreira de setores da oposição ao Governo Estadual na cidade de Garanhuns, ameaçaram a própria realização do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), com a possibilidade de perda de parcerias estratégicas e nobres do Festival, como a Catedral e outros espaços, razão pela qual, mesmo reafirmando o respeito a autonomia da Curadoria do Festival, a defesa da liberdade de expressão artística, política e religiosa, não teremos a apresentação do monólogo "O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu", obra cristã e humanista que promove a tolerância e a solidariedade. Faz parte. A luta é dura e continua".
O prefeito de Garanhuns, Isaías Régis, por sua vez, encaminhou nota, por meio de sua assessoria, alegando que manifestou o clamor da sociedade num pedido expresso de respeito à fé cristã, transmitido para todo o Estado a partir de uma entrevista sua a uma emissora de rádio, reforçado pela população nas redes sociais, bem como ratificado por instituições religiosas que externaram o seu posicionamento.