A rixa entre as bandas Aviões e Garota Safada foi enterrada no passado. Xand Avião e Safadão se unem pela segunda vez para alavancar o forró eletrônico e impulsionar as carreiras no eixo Sul-Sudeste com o clipe de Eu e a torcida do Brasil, lançado no YouTube e em todas as plataformas de streaming. “A rivalidade existia entre os fãs, defendendo um ou outro como se fosse o Flamengo e o Vasco”, relembra Xand em entrevista ao Viver por telefone. O título da nova canção faz referência à Copa do Mundo, mas passa longe da temática do futebol. “Muita gente vai ter certeza que é sobre isso, mas não tem nada a ver”, brinca Xand. “Na verdade, é sobre um casal que quer ficar junto e dá tudo errado entre eles. No final, as pessoas torcem para que eles fiquem juntos e para o beijo como se fosse um gol”, explica. A letra é de Vinicius Poeta, Junior Gomes, Vine Show, Benicio Neto e Renno, e o clipe foi gravado em Fortaleza com direção de Rodrigo van der Put.
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'Forró era música de empregada e porteiro de prédio', diz Xand Avião sobre a discriminação do ritmo
Sem rivalidade, Xand Avião e Safadão se uniram para alavancar o forró eletrônico com o clipe de Eu E A Torcida do Brasil
O gênero, representado inicialmente pelas bandas, colocou seus vocalistas no front e tem conquistado território com a expansão da agenda de shows de artistas para além das cidades nordestinas. Segundo o vocalista do Aviões, a música foi sugerida por Wesley e vem em boa hora. Os artistas que foram considerados "rivais" e quebraram o gelo durante parceria na faixa Eu vou pagar pra ver, em 2015. "Wesley é uma realidade e sucesso em todo o Brasil. Aproveitamos que a música tem essa pegada e combina com a Copa, no momento em que o forró está forte no país inteiro e aparecendo cada vez mais", aponta Xand. O encontro foi promovido pela Skol.
O líder do Aviões afirma ter desbravado esse caminho e facilitou para os artistas que vieram em seguida. Xand relembra que a primeira vez que fez show em São Paulo com ingressos esgotados foi em 2007. "Estamos em uma crescente. Esgotamos os ingressos no Patativa (casa de show na zona sul de SP), tinha muito nordestino, mas também tinha paulistas. Ali vi que estava agradando e que poderia acontecer". Entretanto, a aceitação do estilo não foi imediata. "O forró já foi muito recriminado. Quando ia fazer show no Rio de Janeiro ou São Paulo, ouvi coisas que não queria ter ouvido. Diziam que ‘não era música’ ou era ‘música de empregada e de porteiro de prédio’”, lamenta.
Assista:
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