Com 45 anos de uma carreira bem-sucedida, a cantora Alcione pretende não deixar o samba morrer, no que depender dela. Aos 70 anos, ela roda o Brasil com a turnê comemorativa Eu sou a Marrom, projeto que ainda em 2018 terá um DVD ao vivo, um documentário, uma biografia e um musical. O show que passeia pela trajetória da maranhense aporta no Recife em uma versão intimista para duas apresentações. Ela canta nesta sexta-feira (13) e no sábado (14), no Manhattan Café Theatro (Rua Francisco da Cunha, 881, Boa Viagem), a partir das 21h, com ingressos a R$ 220.
Em entrevista ao Viver, ela falou sobre o espetáculo que estreou no ano passado, no Rio de Janeiro, com participações de Maria Bethânia e da bateria da Estação Primeira de Mangueira. "É um show com muitos sucessos, alguns deles que não constavam no repertório de trabalhos anteriores. Mas é, principalmente, um show para celebrar com o público que adora interagir e cantar junto com a gente. É uma festa que terá convidados muito especiais: os fãs", adianta.
A comemoração dos 45 anos de carreira começou já no carnaval. Alcione foi homenageada pela agremiação paulistana Mocidade Alegre, com o enredo A voz Marrom que não deixa o samba morrer. "Foi uma grande emoção para a minha família, meus amigos e, claro, para mim. A Mocidade fez um desfile lindo, caprichado, que encantou o povo presente ao Sambódromo. Mereceu estar entre as campeãs da avenida. Foi um carnaval para jamais esquecer", diz.
A artista revela que enfrentou desafios diários desde os tempos em que cantava na noite, até quando já estava com a carreira consolidada. "Quando comecei, muita gente achava inusitado uma mulher tocando trompete e só queriam ouvir o instrumento. 'Trouxe o trompete?' era sempre a primeira pergunta. Depois de conhecida, o maior deles foi, sem dúvida, quando tive problemas nas cordas vocais. Fui salva por uma cirurgia espiritual e, graças a Deus, fiquei completamente curada", relata.
Entrevista // Alcione