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Paixão de Cristo do Recife vai voltar, afirma José Pimentel

Espetáculo, que tinha 21 anos de existência, havia sido cancelado no início do mês

José Pimentel como ator na Paixão de Cristo do Recife. Crédito: Wellington Dantas/Divulgação

A Paixão de Cristo do Recife não vai acabar, ao menos se for concretizada a vontade do ator e diretor José Pimentel, que interpretou o papel de Jesus Cristo durante 40 anos ininterruptos. O evento, realizado desde 1997, havia sido cancelado no dia 8 de março, mas a decisão foi revertida, segundo o artista, pelo lamento dos artistas e da população. "As pessoas cobravam a realização da peça. Se a gente não fizer esse ano, vai ficar difícil. Fiz essa escolha sabendo que contrariava alguns. Vou até o fim, até não ter mais forças", frisa. Agora, Pimentel acumula as funções de diretor e produtor. A princípio, as datas de apresentação no Marco Zero estão mantidas: 30 e 31 de março e 1° de abril.

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Ainda segundo o diretor, apenas cinco atores saíram do elenco. O resto permaneceu, incluindo Hemerson Moura, que havia sido selecionado para substituir Pimentel como protagonista. "Ele é um cara arretado. Ficou do meu lado, brigou para o espetáculo sair". No entanto, os obstáculos são muitos. O cenário precisa ser refeito e os fornecedores e atores, pagos. "Descobri que uma coisa é sonhar e outra, cair na realidade. Alguns fornecedores ficaram chateados por eu ter mudado de ideia, mas assumo isso. Até agora, nem a Prefeitura do Recife, nem o Governo do Estado me procuraram. Alguns empresários me procuraram, mas ainda não temos verba para bancarmos os custos".

O ex-produtor do espetáculo, Paulo de Castro, é taxativo sobre a tentativa de remontagem. "Não sei de absolutamente nada. O que tínhamos de falar já foi dito há duas semanas. Se ele me der um cronograma de despesas, eu iria até a Fundação de Cultura da Cidade do Recife e faria convênios, e faria a Paixão dele. É preciso ver se isso bate com os custos de cada coisa, dos atores, do som. Estou falando como presidente da APACEPE - Associação dos Produtores de Artes Cênicas de Pernambuco. Mas, como produtor, essa paixão eu não quero fazer, pois sei que não vai funcionar".

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