"Nenhuma preguicinha boa será castigada. Relaxar o corpo e a mente são condições fundamentais para concretizar qualquer processo criativo. Mas trabalhar - e duro - é o grande caminho para toda e qualquer realização pessoal, profissional ou de caráter público e governamental", diz cartaz sobre a preguiça. O pecado foi retratado por um homem segurando placa com a logomarca do programa sentado em um sofá com uma das pernas para cima e fisionomia cansada. Joias, mala com dinheiro em espécie e tornozeleira eletrônica foram outros elementos utilizados nas instalações. As representações foram distribuídas em vitrines de sete lojas diferentes, mas já foram retiradas, pois eram destinadas apenas à abertura, informou a assessoria de imprensa do shopping ao Viver.
Por telefone, dos Estados Unidos, Leila Dionizios defende que a proposta da intervenção era abrir espaço para o debate. "O mendigo não é o mendigo em si, é a situação do brasileiro. São uma demonstração mais literária do que sente a sociedade brasileira e carioca. Qualquer pessoa se sente sem teto, sem segurança, sem escola, sem nada, não precisa ser morador de rua. As pessoas que reclamaram não participaram, por isso não entenderam. É fácil pegar uma foto e julgar sem saber qual a questão. Eu botei o cartão do Bolsa Família e não falei nada. Eu não me posicionei. Eu tenho as minhas convicções, mas não falei nada", diz.