Artista plástico autista retrata personalidades pernambucanas em exposição

As pinturas de Jackson são feitas através do método de observação, bastante utilizado pela escola do Realismo nas artes visuais. Seus traços, no entanto, exprimem um olhar mais subjetivo, mais próximo do Impressionismo. "Ele sempre desenhou, desde criancinha. Era como ele se comunicava na infância. Além disso, ele fez aulas de arte e sempre gostou de fazer retratos, sempre retratou todo mundo", diz Maria Santana, irmã de Jackson.

A ideia para a atual mostra, assim como a anterior - intitulada A primeira exposição individual de Jackson Santana (2014) - surgiu de uma conversa do artista com suas irmãs, Maria e Ana Cláudia. "Achamos retratos um tema muito bom para fazer uma exposição, além de que teria tudo a ver com a cultura pernambucana, já que Jackson vive no Estado e gosta de desenhar sobre coisas próximas dele", relata a irmã.

Dentre os quadros, há uma obra retratando Edwaldo Gomes, o pároco da Igreja de Casa Forte, que morreu neste ano. "Ele mesmo ficou falando muito do padre, que era uma pessoa presente para ele naquele momento em que produziu a obra", revela. Lia de Itamaracá e Francisco Brennand são outras personalidades retratadas. A exposição ficará em cartaz até 10 de novembro.

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