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"Queria dar uma ideia da minha faceta blueseira sem esquecer de caras importantes que dialogam com esse gênero de uma forma muito brasileira, como Luiz Melodia e Celso Blues Boy. E mostrar o que tem de blues ou próximo disso no meu trabalho", pondera Zeca sobre o show que traz à capital pernambucana.
"Fui um grande ouvinte do blues, do jazz e do rock, especialmente na adolescência. Ouvi tanto os pioneiros do blues como os recicladores, tipo Clapton, Dixon e Dylan", lista, quando questionado sobre as referências, acrescentando à relação os nomes de Sergio Sampaio, Belchior e Lula Côrtes, cujas faixas devem ser interpretadas na apresentação em uma setlist que também abarca canções da própria lavra, como Blues do elevador e St Louis blues.
Ao contrário de Zeca, a trajetória musical de Nuno Mindelis sempre teve como fio condutor o blues. Desde a infância em Cabinda, em Angola, passando pelas experiências em grandes festivais do gênero em outros países, o músico traz na bagagem para o Recife repertório composto tanto pelo que há de mais autêntico do ritmo norte-americano quanto experimentações por outros segmentos. "Do ponto de vista pessoal, superei alguns obstáculos, consegui fazer músicas que têm começo, meio e fim. Nunca lancei nada resvalando para o pop. Essas canções não tocarão nas rádios, mas poderiam".
Confira a programação:
14h30 - Banda de chão
15h - Renato Bandeira & Som de Madeira
16h - Tributo aos Deuses da Guitarra por O Bando
17h - Leroy Jones
18h30 - Nuno Mindelis
20h - Hermeto Pascoal
21h30 - Zeca Baleiro em um show de blues
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