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As estratégias para dar publicidade aos atos violentos empreendidas pelos fanáticos são esmiuçadas no documentário Estado Islâmico: A máquina do terror, do prestigiado documentarista francês Alexis Marant, exibido nesta segunda-feira (25), às 23h10, no canal Discovery (TV por assinatura). O longa-metragem tenta detalhar toda a cadeia de comunicação instalada pelo grupo e dimensinar a capilaridade dos atos através da propaganda espalhada pela web e pelas redes sociais.
O cineasta ouviu integrantes do EI e especialistas em segurança internacional para entender o funcionamento e a ideologia da facção de extremistas. O documentário detecta uma estética própria dos vídeos, abastecida com referências da cultura pop internacional copiada de filmes, séries e games para gerar apelo e identificação além das fronteiras do Oriente Médio, berço do EI - a contradição entre negar a cultura ocidental e se valer dela para vitaminar a guerra contra os "infiéis" é retratada pelo filme de Alexis.
Um dos entrevistados chega a comparar a qualidade dos vídeos com a edição de um reality show em clara demonstração do poder de sedução do material para recrutar novos integrantes - sobretudo em solo internacional.
O alcance é indesprezível: relatório recém-divulgado por instituto britânico constatou a produção de cem novos vídeos por semana pelo grupo e elencou Turquia, Estados Unidos, Arábia Saudita, Iraque e Reino Unido - nessa ordem - como os cinco principais países consumidores.
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