Astrid Fontenelle era apresentadora na MTV quando Chico Science & Nação Zumbi e o movimento manguebeat despontaram nacionalmente. Por isso, o Recife dos anos 1990 ocupa um lugar afetivo na memória da apresentadora do Saia justa, exibido no GNT. A carioca está no Recife desde segunda-feira, onde grava a edição itinerante do programa, que já passou por Fortaleza, Porto Alegre e Brasília. "Estou em uma região que já foi mangue. E fico me perguntando: 'cadê o mangue, gente?'", questionou a apresentadora, em entrevista ao Viver. Após filmagens externas no Bairro do Recife, a gravação no estúdio será nesta terça-feira, às 20h, no Teatro RioMar, no Shopping RioMar.
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'Cadê o mangue, gente?', questiona Astrid ao gravar o Saia Justa no Recife
Em entrevista ao Viver, ela recordou ligação com o manguebeat, elogiou a autoestima do pernambucano e comentou o trabalho na TV
No ar desde 2002, o Saia justa costuma levar para o centro do debate questões relacionadas à sociedade, seja em relacionamentos, política, família ou movimentos sociais. No ano passado, um dos temas recorrentes foi feminismo, com tópicos sobre sororidade e assédio sempre em pauta. Na atual temporada, a temática sobre empatia vem conduzindo as conversas entre Astrid, Mônica Martelli e as novatas Taís Araújo e Pitty. Astrid enxerga que houve um avanço na abordagem relacionada ao feminismo na televisão. Como exemplo, ela cita o caso José Mayer, acusado recentemente de ter assediado a figurinista da Globo Susllem Meneguzzi Tonani, que provocou o afastamento do ator e até reportagem veiculada no jornalismo da emissora, como no Jornal Nacional.
"Evoluiu em muitos espaços. O programa de Luciano Huck, por exemplo, começou como um grande sucesso com personagens fortes, como Tiazinha e Feiticeira. Hoje não fazem mais isso", recorda. Para a apresentadora, a luta contra o machismo ultrapassa as limitações do Saia justa. Recentemente, ela participou do primeiro clipe da carreira, algo que sempre recusava devido à trajetória da MTV, no vídeo da música Respeita as mina, de Kell Smith. Mãe de Gabriel, de 8 anos, Astrid leva o debate para a casa. "Eu não posso errar. A gente tem esses homens machistas que foram criados por mulheres. A cartilha lá em casa está bem ensinada", ratifica.
Saia Justa por Aí – Recife
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