Após três meses de portas fechadas para reforma estruturais, o Museu do Homem do Nordeste voltará ao seu funcionamento neste domingo (19). Além de ajustes que visam garantir maior segurança e conservação do espaço, equipamento recebe novas obras e promete uma aproximação maior com o público e temáticas contemporâneas. A abertura será realizada com a 6ª edição do programa Domingo dos Pequenos. Dedicado ao público jovem e infantil, o evento conta com exibição de filme e atividades no jardim do equipamento.
Segundo a coordenadora-geral do museu, Silvana Araújo, durante os últimos meses foram realizados reparos para sanar problemas de infiltração, além de ajustes em estruturas que apresentavam desgastes. Porém, garante, que o conceito da exposição permanece inalterado. A gestora explica ainda que, após a reforma, o Museu do Homem do Nordeste proporcionará uma maior aproximação do público com seu acervo. "Decidimos abrir mão de algumas vitrines para permitir que os visitantes cheguem mais perto, se aproximem dos objetos", afirma a coordenadora.
Também houve alteração nos textos expostos: foram editados e readaptados para garantir uma maior compreensão. "São textos excelentes, mas por vezes densos e muito acadêmicos. Neste ajuste, optamos por torná-los mais leves, com a consulta aos autores", reiterou Silvana. Um novo material textual, produzido pela equipe do museu também passa a ser incluido na mostra permanente do espaço.
Além disso, o público poderá perceber alterações em alguns dos módulos da exposição, como na sala das influências que passa a privilegiar também os povos indígenas e afrodescendentes. "Precisamos colocar no módulo objetos que ainda hoje utilizamos, a exemplo da rede de dormir, dos tecidos africanos e os turbantes, tão badalados nas redes sociais. Queremos incitar o debate", pondera a gestora.
No módulo dedicado aos indígenas será acrescentado um mapa com um indicativo dos povos presentes na região Nordeste e uma fotografia de Xikão, liderança indígena que lutou pela demarcação do território Xukuru. Segundo a gestora, são alterações que foram realizadas em diálogo com os povos da Comissão da Juventude Indígena de Pernambuco (COJIPE).
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