{{channel}}
Filme nacional Tamo Junto agrada com humor e referências
Produção de Matheus Souza recebe elogios por trama divertida

Um amontoado de clichês dos filmes de iniciação sexual estão dispostos na comédia do brasiliense Matheus Souza, que também está nas telas, como ator, em Tamo junto. O que faz a graça, na primeira metade do filme, vem do olhar naif e nerd do personagem Paulo Ricardo. Ele é quem dá impulso de vida no largado amigo do passado, Felipe (Leandro Soares) numa parceria à la Batman e Robin. Ambos têm ciência de que “tomar atitude gera preocupação e consequências”. Algo da geração que parece ter nascido cansada para a vida.
Confira os horários dos filmes em cartaz no Divirta-se
Depois de uma cena hilária, com a participação de Fernanda Souza, o personagem de Soares está pronto para viver a vida. Felipe logo se verá em campo para conquistas, numa disputa noturna injusta, dado o calibre dos concorrentes “com abdômen esculpido no Louvre”.
Perversões, uma risível citação a Rocky Balboa, um arremedo superficial de Manhattan (para o personagem jovem-velho Paulo Ricardo, que se apaixona pela candura ressaltada na interpretação de Alice Wegmann) e muitas inquietações do mesmo diretor de Apenas o fim (2008) dão a tônica de Tamo junto.
O filme tem piadas apelativas, mas, no geral, a escrita de Matheus Souza (por vezes, irritante em cena, é bem verdade) é estimulante. Cheio de citações e referências, o roteiro agrada, quando tira onda, por exemplo, de Roupa Nova e das mulheres que mentem por “valorização”. Ainda que a personagem de Sophie Charlotte se apresente mal, Tamo junto vale pelo deboche geral do texto, que trata desde aliciamento juvenil até a queda de parâmetros na pretensa perfeição do amor.
Acompanhe o Viver no Facebook:
Acompanhe o Viver no Facebook: