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Já a revista Variety elegeu Kleber Mendonça Filho como um dos dez diretores "para se prestar atenção" em 2017. Na lista do Cahiers, Aquarius ficou atrás de Toni Erdmann, de Maren Ade, exibido no Janela Internacional de Cinema (festival organizado pelo diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho), Elle, de Paul Verhoeven (atualmente em cartaz no estado), e The neon demon, de Nicolas Winding Refin. A obra pernambucana superou na avaliação longas-metragens de diretores consagrados, como Julieta, de Pedro Almodóvar.
Estrelado pela atriz Sonia Braga, o filme pernambucano concorreu à Palma de Ouro em Cannes, na França, e venceu festivais de Sidney, Amsterdam e Mar del Plata, entre nomeações obtidas em outras mostras internacionais. Na semana passada, recebeu indicação ao Spirit Awards, considerado o Oscar do cinema independente.
Gravado na Zona Sul do Recife, Aquarius narra a luta de uma jornalista aposentada e viúva contra o assédio de uma construtura interessada em desalojá-la para a construção de um edifício. O longa tem como tema central a especulação imobiliária, mas permeia questões como vida na terceira idade, desigualdade social, preconceito e memória afetiva.
O jornal francês Le Monde recentemente recorreu ao filme como uma alegoria para a demissão do ministro da Cultura, Marcelo Calero. O gestor entregou o cargo após acusar colegas do ministério e o presidente Michel Temer de pressioná-lo a reverter um parecer do Iphan contra a limitação de um espigão em uma área protegida em Salvador na Bahia - do qual o ex-ministro Gedel Vieira Lima era um dos proprietários. Para o jornal, a saída de Calero seria um “remake político” do filme de Kleber Mendonça Filho.
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