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Maroon 5 no Nordeste: mais pop que rock, lágrimas, gritos e declaração ao Brasil

Depois de quatro séries de apresentações no Brasil, banda norte-americana liderada por Adam Levine leva multidão a shows em Salvador e Fortaleza, antes de encerrar turnê no Brasil no eixo RJ-SP

Vocalista Adam Levine causou frisson no público feminino (Salvador). Foto: Magali Moraes/Divulgação

É mais difícil de respirar, cada vez que a banda Maroon 5 volta ao Brasil. Desde suas primeiras apresentações no país, em 2008, para públicos de cerca de 15 mil pessoas, sua audiência foi multiplicada - e rejuvenesceu. Para públicos de 30 mil presentes, Salvador (BA) e Fortaleza (CE) receberam nos últimos domingo (13) e terça (15) um grupo fortemente influenciado pelo pop eletrônico, recheado em agudos elevadíssimos - tanto por parte do frontman Adam Levine quanto de um mar de garotas adolescentes a cultuá-lo a plenos pulmões.

[SAIBAMAIS] Esse amor pela música, e pelo vocalista, tem um nome: The Voice. Desde que estreou no horário nobre da TV Americana como um dos jurados do programa que revela novos nomes da música, Levine passou a surfar numa onda de popularidade que influenciou fortemente o repertório de sua banda. Querendo aproveitar exposição e o fiel, porém volátil, público jovem, a banda apostou no pop-chiclete de Moves Like Jagger, que motivou o relançamento de seu terceiro álbum Hands all over, até então, sem muita expressão de vendas. Foi o bastante para que a sequência de hits pop, pré-enlatados para adolescentes, guiasse os dois álbuns seguintes do grupo que, desde 2011, reside na parte de cima de todos os rankings.

À luz do dia, desde as 7h, em ambas as cidades, já havia fãs na fila, esperando para guardar lugar próximo ao palco. O frisson se traduziu nos primeiros acordes de Animals, segundo single do álbum V, que abriu o concerto e impressiona pela força com a qual o público entoou cada estrofe. No palco, a Maroon 5 - agora com sete integrantes, em vez do tradicional quinteto - abusava das luzes verdes em uma mega-estrutura composta por um palco com mais de 30 metros acima do chão expondo dois gigantes telões verticais. É a selva artificial que o grupo propôs e levou dezenas de pernambucanos às duas capitais nordestinas que sediaram o evento. "Sou fã há uns 4 anos. Vim para Salvador, que era a passagem mais barata e trouxe os amigos. Ver aquele homem (Adam) vale qualquer investimento. Não conheço o trabalho mais antigo, mas não pode faltar This Love", disse a advogada Karinne Lucena, 26, marcando na privilegiada (e enorme) área de frontstage, bem estruturado e com área elevada reservada a pessoas com deficiência - o único porém ficou por conta da pista, bem distante do palco e com obstáculos que iam da mesa de som a até algumas árvores em Fortaleza.
 

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Setlist incluiu sucessos de todas as fases da banda (Salvador). Fotos: Magali Moraes/Divulgação

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