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Scott Weiland, ex-vocalista do Stone Temple Pilots, é encontrado morto aos 48 anos
Cantor, que também já foi frontman do Velvet Revolver, estava em turnê solo em Minnesota

Scott Weiland, ex-vocalista da banda grunge Stone Temple Pilots, foi encontrado morto, aos 48 anos, nesta sexta-feira. O músico estava dormindo no ônibus em que viajava durante turnê de sua nova banda, Scott Weiland and the Wildabouts, em Bloomington, no estado de Minnesota, EUA. A morte do cantor foi confirmada pela esposa dele, a fotógrafa Jamie Wachtel, com quem Scott era casado desde 2013. Ele foi vítima de uma parada cardíaca.
Scott Weiland and The Wildabouts deveriam tocar na noite desta sexta-feira na casa de shows Medina Ballroom. A apresentação foi cancelada logo após o anúncio. O músico deixa dois filhos, Noah (nascido em 2000) e Lucy (2002), frutos de seu segundo casamento, com a modelo Mary Forsberg.
Trajetória de sucesso, drogas e conflitos
Nascido Scott Richard Kline, em San Jose, na Califórnia, em 27 de outubro de 1967, o cantor adotou o sobrenome de seu padrasto, David Weiland, aos cinco anos de idade.
Em 1986, Weiland conheceu o baixista Robert DeLeo durante um show da banda de punk Black Flag em Long Beach. Scott convidou dois amigos de infância para, junto com DeLeo, formarem uma banda, mas os substituiu logo depois pelo baterista Eric Kretz e pelo irmão de Robert, o guitarrista Dean, surgindo assim o Stone Temple Pilots.
A banda estourou ao lançar, em 1992, o primeiro álbum da carreira, Core, pela Atlantic Records. Quatro músicas do CD viraram hits imediatos e clássicos dos anos 1990 - "Plush" (maior sucesso da banda), "Sex Type Thing", "Wicked Garden" e a balada "Creep".
Dois anos depois, foi a vez do álbum Purple, que continuou a elevar o prestígio da banda com três singles de sucesso - "Big Empty", "Vasoline" e "Interstate Love Song".
Até o começo dos anos 2000, os Stone Temple Pilots lançaram mais três álbums - "Tiny Music... Songs from the Vatican Gift Shop", de 1996, "No. 4", em 1999, e "Shangri-La Dee Da", de 2001 -, quando aconteceu a primeira separação da banda por causa dos conflitos entre Dean e Scott, que sempre teve um comportamento difícil e "destrutivo", de acordo com o advogado dos outros músicos.
Os integrantes participaram, cada um, de outros projetos. Weiland foi o mais bem-sucedido, assumindo os vocais da recém-formada Velvet Revolver, com os ex-integrantes do Guns N' Roses, Slash, Duff McKagan e Matt Sorum.
O Velvet Revolver foi dissolvido em 2008, e os Stone Temple Pilots resolveram retomar a banda. Dois anos depois, lançaram um novo álbum auto-intitulado.
Depois do novo CD, os velhos problemas voltaram. Weiland, que sofria de transtorno bipolar, nunca superou sua dependência do álcool e de drogas ilícitas, causando inúmeros conflitos na banda. Em 2013, Robert, Dean e Eric oficialmente demitiram Weiland e o substituíram pelo também vocalista do Linkin Park, Chester Bennington, este próprio um grande fã de Weiland, que ficou na banda até novembro de 2015.
Novos rumos
Depois de ser demitido, Scott Weiland lançou um álbum de covers e outro de inéditas, voltado para a temática natalina, ambos em 2011.
No ano seguinte, formou sua banda solo, a Scott Weiland and the Wildabouts, lançando seu único álbum, Blaster, em março de 2015.
Em janeiro deste ano, ele foi anunciado paralelamente como frontman do supergrupo Art of Anarchy, junto com Ron "Bumblefoot" Tal (ex-Guns N' Roses), John Moyer, Jon Votta e Vince Votta.
Confira o videoclipe de Plush, maior sucesso da banda, do álbum Core (1992):