Não se brinca com mulher: funkeira cria música contra violência doméstica. Veja o clipe
MC Marcelly lança o clipe Não se brinca com mulher para alertar sobre o crime de violência contra a mulher. A canção é uma homenagem à dançarina de funk morta pelo noivo

[SAIBAMAIS]A funkeira MC Marcelly, de 23 anos, deu uma repagina na carreira e lança o clipe Não Se Brinca Com Mulher, que chama a atenção para a violência doméstica, além de prestar homenagem à ex-integrante do grupo Jaula das Gostosudas Amanda Bueno, que foi assassinada a tiros pelo noivo no Rio de Janeiro. A canção faz parte do disco Dona da Noite, que marca a estreia de Marcelly na Universal.
Você mudou o estilo de vida e apareceu mais magra. Como foi essa transformação?
Emagreci 11kg, mudei totalmente o estilo de vida. Tinha uma rotina maluca, passava a madrugada acordada e comia X-tudão, esfirras, hot dog após os shows. Engordei bastante e me sentia mal no palco, perdia o fôlego com facilidade. Dormia o dia todo e ainda acordava cansada. Decidi parar e me cuidar. Deixei de comer fritura, massa, refrigerante e açúcar, comprei uma esteira e comecei a querer mudar aquele quadro para ter um condicionamento físico melhor. Nunca fui muito vaidosa. Comecei a ter disciplina por causa agenda de shows. Qualquer mulher gosta de estar mais magra. A roupa tem um caimento melhor, as pessoas elogiam como você está bonita. Isso melhorou minha auto estima e ajudou a manter o foco. Hoje, criei gosto de me cuidar. Adoro ver tutorial de maquiagem no YouTube.
Musicalmente em que artistas se inspira?
Comecei a trabalhar muito cedo e não tive aquele momento de adolescente de ter ídolos. Engraçado, que não tenho muitas inspirações para meu som. Tem muitas artistas que admiro, como Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Beyoncé, Rihanna, Ariana Grande e outras. Mas tento levar sendo eu mesma, sem copiar o estilo de uma ou de outra. Quero ter minha própria cara.
Nesse disco você se afasta do funk proibdão e parte para letras mais leves. Por que essa escolha?
Eu cantava a realidade que eu via todos os dias lá no Complexo do Alemão. Se eu morasse na beira da praia ia falar sobre o mar, as ondas e outros assuntos. Cantei muitos proibidões sim, apelo ao sexo ou apologia. Mas aí você vai conhecendo outros mundos, se modificando e aprendendo a fazer funk para as crianças ouvirem e para entrar na casa de todo mundo. A partir de agora, a gente está tentando fazer uma coisa mais limpa. Pediram para eu pegar mais leve nas letras para ter menos rejeição. Por que ainda existe o preconceito contra o funk. Mas não vou deixar de tocar meu som por causa dessas mudanças.