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FIG 2015: Rivotrill se reúne após três anos e Lucas dos Prazeres anuncia retorno do grupo

O trio de músicos, formado em 2007, pretende lançar CD ao completar dez anos do primeiro show juntos

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Lucas se apresentou no Palco Mestre Dominguinhos com a Orquestra dos Prazeres, e show teve participação da mãe dele (na foto), Mãe Conceição. Foto: Larissa Lins/DP/DA Press


Após três anos de hiato, o grupo Rivotrill, formado pelos músicos Lucas dos Prazeres, Junior Crato e Lucas Castro, se reuniu novamente ontem (19), no Palco Instrumental do Festival de Inverno de Garanhuns. O reencontro surpreendeu o público. E se repetiu no fim da noite, no Palco Mestre Dominguinhos, onde Lucas se apresentou com a Orquestra dos Prazeres. O percussionista convidou os dois colegas a participarem do show, e, em entrevista ao Viver, antecipou: vão lançar novo disco em 2017.

"A escolha da data é para celebrar os dez anos da formação do Rivotrill. Nós subimos ao palco pela primeira vez em 2007, no RecBeat, no Recife. Queremos lançar o segundo disco dez anos depois daquela ocasião", explicou o percussionista. Segundo ele, a pausa nas atividades do grupo nos últimos anos deve-se exclusivamente a conflitos de agenda. Todos os integrantes têm projetos paralelos - como o dele junto à Orquestra dos Prazeres. O som do grpo Rivotrill é marcado por influências do jazz, do rock progressivo dos anos 1970 e dos ritmos latino-africanos.

[SAIBAMAIS] >> ENTREVISTA: Lucas dos Prazeres
Quando e por que decidiram retomar as atividades do Rivotril?

Rivotril é um caso de amor eterno. No fundo, nunca teve fim. Estava suspenso enquanto nós cuidávamos de outros trabalhos, nos dedicávamos a outras coisas. Decidimos voltar porque já estamos desenvolvendo composições inéditas e queremos comemorar os dez anos de formação, em 2017.

Enquanto isso, continuarão a se apresentar?

Provavelmente, sim. E continuaremos a compor, escrever, criar. Vamos preparando, com calma, o disco comemorativo.

E o projeto com a Orquestra dos Prazeres, como está?
Estamos numa ótima fase. Conseguimos gravar nosso DVD, que será lançado em novembro, cujo espetáculo é esse que trouxemos a Garanhuns. Está lindo, cheio de energia boa.

Durante o espetáculo, festejam os orixás e coreografam passos do candomblé. Sentem que a música ajuda a desmistificar preconceitos em relação aos ritos de matrizes africanas?
Sim. A música é instrumento de educação, de conscientização. A música é medicinal. Ela derruba tabus, preconceitos e desigualdades. E o artista tem essa missão, de reeducar.