° / °

Clássicos do samba de cotovelo no repertório do Samba Noir

Quarteto carioca lança primeiro disco da carreira, homônimo, e estreia no Recife turnê nacional

Por

Grupo propõe roupagem moderna, com sintetizadores eletrônicos, mas sem deixar desaparecer a dor das letras. Daryan Dornelles/Divulgação

Vinicius de Moraes já explicara, em Samba da bênção, que o “samba é a tristeza que balança”. Sonoramente colorido e alegre, o tradicional gênero brasileiro convida ao passo, mas as letras de amor sofrido amargam em grandes canções do gênero, envoltos no clima de botequim, bar, cabaré ou melancolia da cama vazia.

Confira o roteiro de shows no Divirta-se

Clássicos da sofrência - quando o termo recém-criado ainda nem existia - sustentam o carioca Coletivo Samba Noir, cuja estreia de lançamento do primeiro disco, homônimo, é neste domingo, no Teatro de Santa Isabel. A apresentação é acompanhada por projeções de imagens e vídeos, inclusive das participações especiais de Egberto Gismonti, Jards Macalé, Arto Lindsay e Carlos Malta.

O clássico da dor de cotovelo Ninguém me ama, do pernambucano Antônio Maria em polêmica parceria com Fernando Lobo, é um dos melancólicos sambas-canção escolhidos. Aves daninhas (Lupicínio Rodrigues), Risque (Ary Barroso), Pra que mentir? (Noel Rosa/Vadico) são outros temas sofridos incluídos no repertório.

Na roupagem criada pelo quarteto, o violão de sete cordas de Luís Filipe de Lima soa entre os agudos das intervenções eletrônicas de Guilherme Gê e os graves da percussão de Marcos Suzano. “A gente criou um ambiente sonoro diferente, mas conservou as melodias. Saímos da zona de conforto tradicional do samba e do choro, com uma timbragem diferente, que foge do acompanhamento da época”, conta Suzano. A cantora, atriz e dançarina Katia B assume os vocais.

SERVIÇO
Quando: Domingo (19), às 19h
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia)
Onde: Teatro de Santa Isabel (Praça da República, s/n, Santo Antônio
Informações: 3355-3322