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"Cinquenta tons de cinza": a primeira reação dos fãs
Conversamos com três espectadores após a pré-estreia do filme e conferimos suas críticas à adaptação

O Viver convidou três espectadores com perfis diferentes a opinarem sobre a adaptação do conto de E.L.James para o cinema, após sessão de pré-estreia do longa 50 Tons de cinza, na manhã desta quarta. Confira o que pensa cada um deles sobre a película, aguardada por milhões de leitores do best seller original.
“Christian não se destaca nas telas. No livro, as punições aplicadas pelo dominador são muito mais cruéis. Enquanto a Anastasia do filme demonstra algum humor e curiosidade nas cenas de masoquismo, inclusive prazer, a versão literária da protagonista sofre e sente bastante dor. Nas telonas, ela parece “gostar” dos jogos. No primeiro castigo [no livro], ela passa um tempo sem sequer conseguir sentar. No filme, tudo isso é muito mais suave. ”, diz a estudante e blogueira Rebeca de Arruda (20), comparando as duas versões do enredo. Rebeca esperava mais cenas de nudez, mais “agressividade” e mais tempo dedicado aos jogos sexuais do Sr. Grey. Porém, se diz surpreendida positivamente pela atuação da protagonista.
MARCO
“Os trailers denotavam mais tensão. Exploraram as cenas mais quentes do filme, que terminou sendo morno. A eletricidade sexual que existe entre eles é muito mais intensa nos livros”, conta o também estudante e blogueiro Marco Vieira (23). Para ele, os destaques ficaram por conta da trilha sonora e atuação da protagonista, que classifica como mais expressiva do que o “mocinho”. Marco espera que a evolução psicológica do casal, individualmente e no relacionamento, seja mais explorada nos títulos que darão continuação ao longa.
JULIANA
“Apesar dos cortes das cenas picantes mais esperadas, o filme não se mostrou entediante. A narrativa escrita por E.L.James às vezes se repete e cansa o leitor. No filme isso não acontece. Os próximos títulos devem ter mais ação, seguindo o enredo dos livros, que se tornam mais dinâmicos no segundo e terceiro volumes”, explica Juliana Mattos (23), administradora e colecionadora de livros. Ela acredita que o passado do personagem Christian Grey devesse ter mais peso nos acontecimentos do longa, como tem na versão literária. As cicatrizes no corpo do jovem não recebem, segundo ela, o destaque merecido, assim como sua obsessão por fome e comida. "No livro, Anastasia não pode deixar nada no prato durante as refeições", compara.