° / °

Cinco cineastas na disputa ao Oscar de melhor direção nunca levaram o prêmio para casa

Realizadores indicados pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas não são escolha óbvia. Confira

Por

Vencedor do Globo de Ouro, Linklater desponta como o favorito, por "Boyhood". Crédito: Leon Neal/AFP/Arquivo


Uma lista de estranhos no ninho é como podemos definir os cinco cineastas selecionados para a disputa ao Oscar na categoria de melhor direção. Não é escolha óbvia alinhar um norueguês (Morten Tyldum), um mexicano (Alejandro González Iñárritu), um egresso do cinema independente (Richard Linklater), um esquisitão por excelência (Wes Anderson) e um realizador descredenciado ao prêmio de melhor filme (Bennett Miller) na mesma lista de candidatos à estatueta de melhor diretor. Isso sem falar no fato de que nenhum deles levou uma estatueta para casa antes.

Confira tudo sobre a premiação do Oscar, participe de bolão e concorra a 50 pares de ingressos

[SAIBAMAIS] Com reconhecimento cosmopolita, tendo vencido prêmios em lugares como Canadá e Havaí, Tyldum defende O jogo da imitação (o quinto longa da carreira ligada ao thriller), candidato em oito categorias, mas sem forte apelo, como sinalizaram as cinco derrotas no Globo de Ouro.

Indicado em outras edições, o trio Alejandro Iñárritu, Richard Linklater e Wes Anderson se sobressai, mas apenas o primeiro disputou o Oscar de direção, pelo pesado drama Babel (2006) - que disputou sete categorias e ganhou uma, de trilha -, enquanto os outros tiveram relevância pelos roteiros.

Iñárritu, que concorre por Birdman, tem sido premiado em circuitos de críticos norte-americanos, mas foi barrado no Globo de Ouro pelo concorrente Linklater, de Boyhood. Após dedicar 15 anos ao filme que literalmente registra o envelhecimento de uma trupe de atores unidos como família, ele desponta como um dos favoritos, sem desvirtuar do caráter de inovação narrativa: são dele O homem duplo, que decalcou atores de carne e osso em animações, e a trilogia iniciada com Antes do amanhecer (1995), estendida por quase 20 anos.

Ainda entre os filmes que deram indicações aos diretores, a dobradinha O grande hotel Budapeste e Foxcatcher se une pela excentricidade de personagens e de amizades surreais e ainda por gozarem de reconhecimento em festivais de cinema reservados à elite: Berlim, na Alemanha, e Cannes, na França.



Bennett Miller, de Foxcatcher, investe na terceira trama baseada na vida real em enredo que envolve riqueza, luta livre e crime. Já Wes Anderson, em O grande hotel Budapeste, segue o colorido intenso de filmes anteriores como O fantástico Sr. Raposo e Moonrise kingdom.