O principal suspeito de assassinar o DJ Tinho Pimentel em um restaurante de Boa Viagem virou réu na Justiça de Pernambuco, mas não pelo homicídio e sim pelos crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico. José Joares Macedo Lima foi denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) no dia 28 de março de 2025, pouco mais de um mês após sua prisão.
A denúncia tem como base o flagrante ocorrido no dia 24 de fevereiro, durante diligências para cumprimento de mandado de prisão contra o suspeito. Ao ser localizado em uma residência no bairro de Rio Doce, em Olinda, José Joares estava acompanhado de Ediel José do Nascimento Filho. No local, os policiais encontraram cocaína (10,745 g), maconha (20,675 g), haxixe, uma balança de precisão e R$ 265 em espécie.
Segundo o laudo pericial, os elementos reunidos pela polícia afastam a hipótese de consumo pessoal. Para o Ministério Público, os dois estavam associados de forma estável para a prática do tráfico, razão pela qual foram denunciados com base nos artigos 33 e 35 da Lei de Drogas.
A denúncia foi recebida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Olinda. Os acusados já foram notificados e o processo segue para a fase de instrução. Enquanto isso, a investigação sobre o homicídio do DJ continua em paralelo. A defesa de José Joares ainda não se manifestou oficialmente sobre as novas acusações
Assassinato do DJ
Testemunhas alegaram que o DJ Geraldo Campelo da Paz Portela Neto estava consumindo bebida alcoólica com amigos em um bar na Rua dos Navegantes, em Boa Viagem, quando discutiu com o grupo e se envolveu em uma briga com José Joares, um de seus colegas.
O autor do crime saiu do estabelecimento, pegou uma arma no veículo e retornou, efetuando disparos por fora do restaurante. O caso aconteceu no dia 16 de fevereiro.
José Joares teria confessado o assassinato após ser capturado pela polícia. A informação da confissão foi revelada durante o interrogatório de um homem de 21 anos, também preso na operação que capturou o autor do homicídio. Os dois estavam em um imóvel utilizado para o tráfico de drogas em Olinda. O jovem afirmou que pagava R$ 300 de aluguel e alegou não saber que o local funcionava como ponto de venda de entorpecentes.
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