Um ensaio fotográfico terminou com um salvamento de um tubarão encalhado na Praia do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, na manhã desta terça-feira (8). O influenciador e fotógrafo João Pedro Lopes, de 25 anos, conhecido nas redes sociais como @calango.selvagem, ajudou no resgate de um tubarão-lixa que havia ficado preso em pedras próximo à areia da praia ao tentar retornar para o mar.
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, João Pedro contou que o animal havia sido capturado por um pescador e jogado na água sem nenhum cuidado, o que prejudicou o retorno ao mar. “Estava fotografando um um cliente meu e quando a gente chegou, tinha um pescador com a rede já na areia molhada. Esse pescador foi lá para a areia fofa e depois de uns 15 a 20 minutos ele volta arrastando esse tubarão e joga no raso”, relata.
O fotógrafo contou que a maneira como o animal foi jogado o fez acreditar que o tubarão estava morto. “Quando eu cheguei perto, ele se mexeu um pouquinho. Só que no lugar onde ele [o pescador] jogou o tubarão, estava muito raso para o bicho continuar nadando. Aí eu tive que manejar ele para colocar no caminho para o mar”, explicou.
O jovem relatou que não pensou duas vezes antes de resgatar o animal. “Quando eu vi ele saltando na areia, eu já saí, já levantei, dei minha câmera para a pessoa que eu estava fotografando. Puxei o celular e fui correndo para gravar e salvar o bicho”.
O tubarão-lixa é uma espécie de tubarão que vive principalmente em águas quentes e rasas do Atlântico tropical e subtropical, como o litoral do Brasil, Caribe e partes da costa africana. Ele se alimenta principalmente à noite, buscando crustáceos, moluscos, pequenos peixes e ouriços. Possui uma boca pequena, mas forte, com dentes adaptados para esmagar presas duras. Esta espécie pode chegar a pouco mais de 3 metros.
O caso foi compartilhado no Instagram do fotógrafo, que costuma mostrar a rotina de trabalho e os mergulhos que dá nas praias do Grande Recife. Esta não foi a primeira vez que João Pedro viu um tubarão na natureza.
“Eu não sou nenhum profissional, biólogo ou algo do tipo, mas eu já vi muitos biólogos e pessoas que têm mais prática fazendo é segurar o animal pela cauda, sempre se afastar da da parte frontal do animal, da boca no caso, porque é a parte um pouco mais perigosa”, orienta João Pedro.