A influenciadora digital pernambucana Camy Moury, de 34 anos, sofreu um incidente envolvendo um peixe bagre na Praia de Boa Viagem na última segunda-feira (28). Ela estava no banco de areia quando pisou em um espinho do animal, que ficou preso no calcanhar dela por cerca de 4 horas.
O caso aconteceu na parte da tarde quando a jovem decidiu aproveitar o dia de folga. No momento em que retornava do chuveirão, pisou no animal e precisou ser socorrida por outros banhistas. “Eu pisei e a barbatana dele entrou inteira no meu calcanhar. Quando eu levantei o pé, veio o peixe inteiro junto. O rapaz ainda tentou puxar, mas doeu muito”, contou.
De acordo com a influenciadora, o ferrão do animal tinha cerca de 4 centímetros e ela precisou ser atendida pelo Corpo de Bombeiros e chegou a acionar o Samu, mas por conta da demora pegou uma carona para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Imbiribeira, na Zona Sul. Na unidade de saúde ela foi submetida a exame de raio-x para saber a profundidade em que o espinho estava. Apesar do susto, o espinho não atingiu o osso do pé.
“Primeiro fez um raio X, depois deu anestesia local, retirou o ferrão que tinha quase 4 cm e não pôde suturar porque como é venenoso podia ficar alguma bactéria dentro ou alguma toxina. Então [o tratamento] é basicamente curativo todo dia, limpar a região, tomar antitetânica, dipirona para dor e anti-inflamatório”, destacou Camy.
A influenciadora ainda pontuou que os banhistas devem ficar atentos aos animais encontrados mortos na areia da praia para evitar transtornos. “A dor que eu aguentei provavelmente uma criança não ia aguentar. Eu não sei há quanto tempo o peixe estava ali, mas imagina se ele estivesse vivo, quando o veneno é muito pior”, complementou.
O bagre é um peixe de água doce ou salgada e é facilmente reconhecido pelos “bigodes” (barbilhões) ao redor da boca, usados para orientação e alimentação no fundo dos rios e lagos. Muitos têm espinhos nas nadadeiras peitorais e dorsais. Esses espinhos são ocos ou serrilhados e conectados a glândulas que liberam um veneno tóxico quando o peixe se sente ameaçado. O veneno contém enzimas e toxinas que causam dor intensa, inflamação, inchaço e, em alguns casos, necrose local.