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João Campos diz que meta é ter Guarda Municipal armada no ano que vem: ''Gradual e para grupo específico''

Prefeito falou sobre prazos e modelo do armamento da força municipal, nesta quinta (10), durante evento na área de saúde

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Andréa Rêgo Barros/PCR
Ao menos 17 capitais já contam com efetivo de segurança municipal usando armamentos.
Um dia depois de entrar com o protocolo na Polícia Federal (PF) para armar a Guarda Municipal do Recife, o prefeito João Campos (PSB), falou, nesta quinta-feira (10), sobre os prazos e o modelo para dar início, de fato, a essa ação. Durante o lançamento de um programa que vai dar realizar consultas oftalmológicas e entregar óculos para alunos da rede municipal, o gestor declarou que a meta é ter a guarda armada em 2026, de "forma gradual" e para um grupo específico. "Fizemos ontem o início do processo de armamento da Guarda Municipal, que foi um compromisso (de campanha). O protocolo oficial inicial já foi feito. Ele marca, a partir de agora, o roteiro formal a ser cumprido. É para que, no ano que vem, a gente já tenha esse processo do início do armamento da Guarda Municipal", declarou Campos. O Recife ainda não tem a guarda armada. Ao menos 17 capitais já contam com efetivo de segurança municipal usando armamentos. Ao longo do primeiro mandato de João Campos, entre 2021 e 2024, a prefeitura optou por não armar a guarda. Na campanha à reeleição, Campos disse que mudaria o modelo da força de segurança municipal. A meta da prefeitura é que os guardas armados usem bodycams, câmeras coladas aos uniformes, para garantir transparência e segurança. O que disse o prefeito Na entrevista desta quinta, o prefeito explicou que, para a guarda começar a usar armas, é preciso cumprir uma série de trâmites burocráticos. Também falou sobre o processo, iniciado com protocolo junto à Polícia Federal, na quarta (9). "Tem um checklist de diversas medidas que devem ser cumpridas. Por exemplo, é preciso ter ouvidoria, corregedoria, espaço para armazenar as armas. Além disso, tem o processo de seleção, de treinamento, de apoio psicológico dos profissionais, a aquisição dos armamentos", observou,. Ainda segundo Campos, são passos técnicos que devem ser seguidos. "E tudo isso é efetivado a partir desse ofício que a gente protocolou, então, o secretário Alexandre Rebello vai estar coordenando essa ação", acrescentou. O prefeito declarou que o processo de armamento da Guarda Municipal do Recife vai ser "gradual" para um grupo "específico". Esse grupo, disse ele, vai ser selecionado, treinado e submetido a normas da Polícia Federal. Ele só não explicou que "grupo específico" será esse. "É preciso passar por essas etapas. A prefeitura precisa comprar as armas e apontar cada servidor que poderá passar a ter arma também. A guarda do Recife tem que estar autorizada a ter arma e os guardas específicos selecionados também precisam", finalizou. Campos afirmou, ainda, que o processo de armamento da Guarda Municipal não será feito de forma "indiscriminada". "Isso é muito importante deixar claro. Tem o treinamento e o psicotécnico, a corregedoria. Tudo isso tem um passo extremamente técnico, que vai ser 100% seguido." Protocolo O protocolo foi entregue à Polícia Federal na quarta (9). O anúncio foi feito nas redes sociais do prefeito, que se reuniu com o superintendente da PF no Estado, delegado Antônio de Pádua. ''Hoje, me reuni com o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antônio de Pádua, para tratar um tópico importante da segurança pública da nossa cidade. Demos o primeiro passo formal para o armamento gradual da Guarda Municipal do Recife'', explicou João em suas redes sociais. Ainda segundo o gestor, a guarda também vai ganhar novas atribuições, como o patrulhamento dos bairros.