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Parque da Jaqueira: veja as mudanças previstas pela concessionária

Planos para o parque incluem a construção de um centro de eventos, um centro gastronômico, área esportiva com quadra, playground, além de área fitness

Câmeras de monitoramento, cinema blockbuster e campo de futebol padrão Fifa. Essas são algumas das propostas da Viva Parques Recife, concessionária que irá administrar os parques da Jaqueira, Santana, Apipucos e Dona Lindu pelos próximos 30 anos. 

De acordo com Daniel Silvany Tavares, sócio da Viva do Brasil, grupo que controla a Viva Parques Recife, os projetos estão pautados pelos pilares de infraestrutura, tecnologia, bem como cultura e lazer. O empresário também garante que os quatro parques oferecerão conectividade wi-fi.

Segundo ele, “a maioria das atrações” dos parques recifenses será gratuita. De acordo com o empresário, também há interesse em dialogar com players que já disponibilizam programações abertas ao público, a exemplo do que acontece com o festival BB Seguros de Jazz e Blues, no Parque Santana.


Localizada no interior do parque, a Igreja Capela de Nossa Senhora da Conceição das Barreiras é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), bem como seu jardim projetado por Burle Marx, que foi elevado à categoria de Jardim Histórico do Recife no ano de 2015. Ambos, portanto, não podem sofrer intervenções. “A gente quer melhorar a experiência de quem vai ao parque para assistir à missa e fica sentado nas cadeiras de plástico do gramado. A gente vai ter um espaço de eventos para as pessoas assistirem à missa”, diz. 

Questionado sobre o impacto ambiental da construção de uma nova edificação no parque, ele afirma, contudo, que o projeto ainda está em discussão. Outra construção prevista é do circuito complexo de ciclofaixa. "Quase não tem supressão. Inclusive essa ciclovia já existe, só não foi implementada. O que precisa fazer é esse pedaço que já não tem árvores”, explica Silvany.

A concessionária também planeja implementar restaurantes no espaço público, a exemplo do que já acontece no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. Lá, a Casa Nubank causou polêmica, em fevereiro deste ano, ao restringir o acesso ao espaço aos clientes vips do banco, o que fugiria ao escopo da concessão pública. No Recife, Silvany assegura que a concessionária buscará agregar empreendimentos de diferentes faixas de consumo, para evitar a gourmetização do parque. 

A concessionária deseja ainda padronizar o serviço de venda de alimentos no local. Atualmente, a Jaqueira reúne grande número de trabalhadores ambulantes que comercializam seus produtos no interior do parque. “A gente está em diálogo com todos eles para entender esse contexto. Quando eu falo padronização, não é plastificação não, tá? É, de fato, a qualidade do produto oferecido para as pessoas, higiene visual. É ajudar essas pessoas a vender melhor, a fazer um trabalho melhor”, completa Silvany.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco