Após três semanas do aumento da passagem de ônibus no Grande Recife, estudantes e passageiros se reuniram e realizaram, na tarde desta quinta-feira (23), um protesto pacífico contra o valor, que passou de R$ 4,10 para R$ 4,30. Eles pediram a diminuição do valor a curto prazo e tarifa zero a longo prazo.
O movimento Passe Livre teve concentração no terminal de ônibus do Cais de Santa Rita, na área central do Recife, e seguiu em passeata até o Palácio Campos das Princesas. A manifestação causou transtornos e engarrafamentos no centro da cidade.
Além da redução da tarifa, os manifestantes apresentaram outras reivindicações para o longo prazo, dentre elas, a tarifa zero.
Lista de reivindicações do Movimento Passe Livre Recife
As reivindicações também têm o apoio de partidos políticos como Psol, UP, PCB, PCBR, PSTU e POR, além de movimentos sociais como o MLB e o MLC, e organizações feministas, como o Fórum de Mulheres de Pernambuco, o Coletivo Olga Benário e as Feministas Antirracistas Socialistas (FAS), junto à central sindical CSP Conlutas.
De acordo com Lara Buitron, representante do Fórum de Mulheres de Pernambuco, o movimento foi organizado para lutar pela qualidade do transporte público.
Sobre o pedido de tarifa zero, Yasmin Alves, uma das articuladoras e representante do partido Psol, disse:
“Queremos que o Governo do Estado abra um espaço de discussão e de estudos sobre como garantir esse serviço gratuito nos transportes públicos de Pernambuco. Tem mais de 119 cidades no Brasil com tarifa zero. A grande questão seria: como iremos subsidiar e manter os transportes? Porque está insustentável.”
O que dizem os passageiros
Manoela França, atendente de call center, que precisa utilizar seis ônibus todos os dias para trabalhar, reivindicou a diminuição do valor atual das passagens:
A percepção de Manoela também é compartilhada pela passageira Maisa Medeiro, fonoaudióloga, que também utiliza o transporte todos os dias. “O aumento não condiz com o serviço precário que recebemos. Não tem ar-condicionado, não tem aumento de frota, está sempre lotado e caindo aos pedaços. É muito complicado!”
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