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Conheça os novos quatro Patrimônios Vivos do Recife

A marisqueira Edileuza Silva do Nascimento, a yalorixá Laurinete Moraes (Mãe Nete), a Tribo Indígena Tapirapé e o Balé da Cultura Negra do Recife (Bacnaré) foram eleitos na quinta (19)

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Foto: Prefeitura do Recife
Tribo Indígena Tapirapé
O Recife ganhou  mais quatro Patrimônios Vivos. Eles  foram escolhios em reunião, na quinta (19). 
 
Segundo a prefeitura, os contemplados são:  a marisqueira Edileuza Silva do Nascimento, a yalorixá Laurinete Moraes (Mãe Nete), a Tribo Indígena Tapirapé e o Balé da Cultura Negra do Recife (Bacnaré).

Na terceira edição do concurso, o registro municipal vai garantir bolsas de incentivo mensais, nos valores reajustados (conforme a Lei 18.827/2021) de R$ 2.009,83 e R$ 2.679,78.
 
Todos vão receber os recursos de forma vitalícia e tiveram o reconhecimento e valorização, transmissão e perpetuação de seus conhecimentos, técnicas e fazeres culturais ancestrais.
 
A escolha dos novos patrimônios, que se somam aos oito mestres e mestras, grupos culturais tradicionais e populares da capital pernambucana consagrados nos anos de 2022 e 2023, aconteceu na reunião extraordinária do Conselho Municipal de Política Cultural, realizada na sede da entidade, no Pátio de São Pedro, reunindo representantes da sociedade civil e governamentais.
 
Os quatro nomes foram escolhidos entre 27 defensores das manifestações culturais recifenses, que se confirmaram finalistas após as avaliações documentais e de mérito das candidaturas inscritas e da defesa pública de candidaturas, além da votação final, pelos conselheiros de Cultura.
 
Sobre os novos Patrimônios Vivos do Recife:

 

Dona Edileuza é  marisqueira desde menina. Ela exerce um ofício de várias gerações, que tiram o sustento da maré. 


Laurinete Moraes (Mãe Nete) é Yalorixá, filha de sangue e de santo de Mãe Vadinha de Vira Mundo, Laurinete Moraes. É fundadora do Galpão do Vira, reconhecido como Ponto de Cultura do bairro de Dois Unidos.

Tribo Indígena Tapirapé


Fundada em 1957, no bairro de Afogados, pelos amigos João, Arlindo e Jair, surgiu a partir da descendência da Tribo Tabajara. A agremiação é uma das mais representativas do folguedo dos Caboclinhos e Tribos Indígenas do Recife. 

Balé da Cultura Negra do Recife (Bacnaré)


O Bacnaré foi fundado em 1985, por Ubiracy Ferreira, pesquisador, bailarino e coreografo, que se destacou como o primeiro bailarino negro a se apresentar no Teatro de Santa Isabel. Desde então, o grupo tem atuado na promoção e valorização da herança africana e afro-brasileira na cidade. 


Entenda a lei
 
O registro de Patrimônio Vivo Municipal representa a materialização de uma política pública de cultura que prioriza a promoção, a difusão e o fomento dos bens intangíveis do Recife, para salvaguardar, redimensionar espaços de ação e dar continuidade histórica de relevância para a memória cultural e artística da cidade.
 
Concebido pela Secretaria de Cultura, o projeto foi encaminhado para a Câmara de Vereadores do Recife em junho de 2022. Após aprovação, a Lei foi sancionada no dia 9 de setembro daquele mesmo ano.