O teste para Febre do Oropouche começou a ser ofertado nesta quinta-feira (16) pela Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), por meio do Laboratório Central (Lacen-PE).
Segundo a gestão estadual, a oferta do teste tem o intuito de aumentar o monitoramento dos casos de arboviroses em Pernambuco. A Febre do Oropouche é uma doença causada por um arbovírus do gênero Orthobunyavirus, da família Peribunyavirida. Ela é transmitida por um mosquito conhecido como “muriçoca”.
O laboratório Lacen vai realizar a testagem de 10% das amostras negativas para Dengue, Zika e Chikungunya entre os meses de janeiro e maio. O espaço testa uma média de 250 amostras de arboviroses por dia e 7 mil por mês.
A testagem para o vírus Oropouche é uma recomendação do Ministério da Saúde (MS) para todos os Estados que fazem parte da região extra-amazônica. Estados nordestinos como Bahia e Piauí já registraram casos da doença.
Os testes vão permitir um monitoramento mais intenso e vão detectar de forma precoce a entrada do vírus no estado.
Febre do Oropouche
A Febre do Oropouche surgiu no Brasil em 1960 e afeta hoje, principalmente, as regiões amazônicas. A transmissão é feita por mosquitos que, depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no sangue do mosquito por alguns dias. Quando esse mosquito pica outra pessoa saudável, pode transmitir o vírus para ela.
Os sintomas da Febre do Oropouche são parecidos com os da dengue e da chikungunya: dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náusea e diarreia. O diagnóstico da doença é clínico, epidemiológico e laboratorial. O Ministério da Saúde alerta que todo caso com diagnóstico de infecção pelo OROV deve ser notificado.
A doença está se espalhando pelo Brasil, que já contabiliza 5.102 casos da doença, sendo 2.947 no Amazonas e 1.528 em Rondônia.
A principal maneira de combater a doença é através da eliminação de focos de reprodução do mosquito, como locais que acumulam água suja, entre eles pneus, vasos, calhas e caixas d’água descobertas.