Vida Urbana

Enfermeiro é vítima de racismo no Hospital Agamenon Magalhães, denuncia conselho

O crime foi praticado pela acompanhante de uma paciente, que proferiu insultos contra o profissional

Hospital Agamenon Magalhães fica Em Casa Amarela

O Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Pernambuco (SEEPE), também se solidarizou com o profissional e repudiou os ataques racistas sofridos por ele.

A presidente do sindicato, Ludmila Outtes publicou um vídeo nas redes sociais onde revela que casos como esses são mais comuns do que se imagina.

“Na última segunda-feira (22) recebemos a denúncia de que um enfermeiro do Hospital Agamenon Magalhães sofreu durante o plantão um caso de racismo de uma acompanhante da paciente que estava sendo assistida por ele. Esta acompanhante e a paciente tiveram alta administrativa e foram encaminhadas diretamente para a delegacia onde foi detida por causa do racismo. E é essa postura que devemos adotar em nosso serviço e em todos os locais. Chega de passar pano para racistas. Nos solidarizamos com o profissional e vamos continuar combatendo o racismo que infelizmente ainda é estrutural em nossa sociedade”, relatou Ludmila Outtes.

O Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com o enfermeiro, mas até o fechamento desta matéria não recebeu retorno.
 
Por meio de nota oficial emitida netsa tarde à imprensa, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) informou que a Direção da Unidade de Saúde repudia com veemencia toda e qualquer forma de discriminação e racismo dentro das unidades de saúde do Estado e informou que:
 
"A direção do Hospital Agamenon Magalhães (HAM) relata que a situação ocorreu no dia 22 de abril, quando uma paciente expressou a intenção de se evadir da unidade de saúde antes de concluir o tratamento assistencial. O enfermeiro de plantão explicou à paciente sobre a conduta da instituição diante da decisão, neste momento uma outra paciente - sem relação ou vínculo com a história-, interferiu na explicação do profissional e proferiu contra ele, palavras de baixo calão e de injúria racial. Diante da situação, a vigilância da unidade de saúde e a Polícia Militar foram acionados. O profissional registrou um boletim de ocorrência, no mesmo dia do fato.

O HAM não tolera nenhuma expressão que fira a integridade de qualquer pessoa nas dependências da unidade e está articulando para o profissional junto ao Núcleos de Apoio Psicossocial (Nuaps) um acolhimento de assistência especializada", explica a nota.  

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