Vida Urbana

CPRH e Polícia do Meio Ambiente realizam fiscalizações em unidades de conservação

Os animais silvestres encontrados em cativeiro ilegal foram recuperados pela equipe de campo

Entre as espécies apreendidas estão, tatu, jabuti, jandaias, patativas, papa-capins e cravinas

Em operação conjunta, a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e a Delegacia de Polícia do Meio Ambiente (Depoma), realizaram a Operação Nascentes, com fiscalizações na Área de Proteção Ambiental (APA) Serras e Brejos do Capibaribe, em Brejo da Madre de Deus, e no Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Cabeceiras do Capibaribe, no município de Jataúba, no Agreste.

Do total de 137 aves apreendidas durante a Operação, 87 foram capturadas durante um torneio de "passarinhada", flagrado durante a Operação. 

"O torneio é uma disputa onde o participante que apanhar o maior número de aves é considerado o vencedor. Várias aves estavam em condições inadequadas de confinamento. Encontramos casos com  até 20 aves em gaiolas com dimensões inapropriadas para a criação de um único indivíduo. Três aves não resistiram ao estresse provocado pelo confinamento e morreram", explicou o analista ambiental da CPRH, Cosme de Castro.

Os animais silvestres encontrados em cativeiro ilegal foram recuperados pela equipe de campo: os que estavam em condições de viver livremente, foram soltos na região. 

Outros foram transportados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetras) Tangara, no Recife. 

Entre as espécies apreendidas estão, tatu, jabuti, jandaias, patativas, papa-capins e cravinas. 

Os agentes  também apreenderam quatro espingardas e 24 armadilhas destinadas à caça e à captura de animais silvestres.

Os fiscais também destruíram um forno de madeira, para produção de carvão. 

Considerando todas as infrações ambientais encontradas durante a Operação, os responsáveis foram multados em R$ 49 mil. 

Já os proprietários das armas foram identificados como caçadores da região e a Depoma deu início aos procedimentos criminais.

No total, segundo Cosme Castro, foram vistoriados 115 hectares em áreas de conservação. 

As equipes, com base nas imagens de satélites de diferentes períodos e de consulta a sistemas oficiais de alertas de desmatamento, percorreram vários quilômetros de estradas e trilhas, a pé, como também realizaram sobrevoos com aeronave não tripulada, para melhor acessar as áreas.

"Desse total, foram constatados que 108 hectares que já haviam sido desmatados e as atividades embargadas em outras fiscalizações, encontram-se em processo de regeneração. Em seis hectares foram constatados desmatamento irregular e as áreas serão objeto de embargos com processo administrativo em andamento", explicou Cosme de Castro.

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