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Peixe-leão é encontrado em Itamaracá
Neste domingo (26), o peixe-leão, conhecido como espécie invasora, foi encontrado nas águas da Ilha de Itamaracá, Litoral Norte do estado. A espécie natural da Ásia, vem migrando do Caribe e se expandindo pelo Atlântico. A espécie de peixe, normalmente cultivado como peixe ornamental, está trazendo riscos para o litoral brasileiro.
Invasor e venenoso, o peixe-leão, por não haver predadores naturais e se tratar de um predador voraz (se alimenta e reproduz, nada além disso), levando a um competição contra os outros peixes carnívoros nativos, além do potencial de prejuízos ambientais e socioeconômicos por comer outros peixes alvo da pesca.
Contra os seres humanos
O peixe-leão possui 18 espinhos venenosos. A toxina não é letal, mas pode causar aos humanos dores intensas, náuseas e inchaço no local. Segundo pesquisadores do Observatório Costeiro e Marinho do Ceará, o peixe-leão não representa, até agora, perigo para banhistas. 70% dos acidentes registrados no Caribe estavam relacionados à pesca. Caso encontre o animal, é recomendado que informe a prefeitura.
Já existem dezenas de registros da espécie em Fernando de Noronha, por exemplo. Em maio deste ano, o peixe-leão foi registrado pela primeira vez no Maranhão, durante expedição voltada para estudos de uma espécie ameaçada de extinção. Foram encontrados mais três exemplares, com meio metro de comprimento. Pela primeira vez, a espécie foi registrada a cerca de 70 metros de profundidade.
Ainda não há uma estimativa da população do peixe-leão em águas marinhas brasileiras, mas os novos registros comprovam a expansão territorial da espécie, de acordo com Leonardo Messias, coordenador do Centro de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Segundo Messias, as experiências registradas no Caribe para contenção da espécie têm sido apenas a pesca do animal.