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Pernambuco amplia rede de acesso à PrEP para a população

Com objetivo de reduzir a transmissão do HIV e contribuir para o alcance do fim da epidemia do HIV/aids, o Governo de Pernambuco, por meio do Programa Estadual de IST, Aids e Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), ampliou a rede de acesso à PrEP (profilaxia pré-exposição ao HIV). O que antes apenas profissionais médicos poderiam prescrever, agora, todos os médicos e enfermeiros da rede do Sistema Único de Saúde (SUS) podem prescrever a PrEP, desde que o usuário tenha risco potencial para infecção.
“Em Pernambuco agora qualquer médico e enfermeiro do Sistema Único de Saúde (SUS) pode prescrever a PrEP, estratégia que está inserida dentro da prevenção combinada, e que consiste na tomada de uma medicação diária para prevenir infecção pelo HIV. Em nosso Estado temos 35 unidades dispensadoras de medicamentos, que são locais específicos onde as pessoas podem retirar a sua medicação. Atualmente, o acompanhamento, além das unidades que já o fazem, pode ser feito também nas unidades básicas de saúde. As pessoas que podem acessar esta tecnologia precisam, além de ter risco potencial de exposição ao HIV, que será analisado pelo profissional que está fazendo o atendimento, ter a partir de 15 anos e peso mínimo de 35 quilos”, explica a gerente do Programa Estadual de IST, Aids e Hepatites Virais da SES-PE, Camila Dantas. A infecção pelo HIV cresce no público entre 15 e 29 anos. Em Pernambuco, entre os anos de 2015 e 2019, houve aumento de 43% de pessoas com o vírus nesta faixa etária.
Antes a PrEP se destinava apenas a públicos específicos: gays e outros homens que fazem sexo com homens (HSH), profissionais do sexo, pessoas trans e travestis e casais sorodiferentes. Além disso, era necessário analisar algumas práticas, como deixar de usar camisinhas nas relações sexuais, fazer uso repetido da profilaxia pós-exposição (PEP), ou apresentar episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis (IST).
Em relação ao HIV, foram diagnosticados 3.132 casos no ano de 2021. No acumulado dos cinco anos foram 15.825 notificações, sendo 35,1% dos casos na faixa etária dos 20 aos 29 anos. Do total, 70,4% foram em pessoas do sexo biológico masculino.