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Basílica do Carmo se prepara para acolher fiéis com Santas Missas a partir da 0h, dia 16
Na data dedicada a Nossa Senhora do Carmo, 16 de julho, a Basílica do Carmo do Recife celebra, pela primeira vez, Santas Missas a partir da 0h. A ação visa acolher as pessoas para comemorar o centenário de elevação da Igreja do Carmo à Basílica Menor, realizada em 1922, através de bula pontifícia decretada pelo papa Bento XV.
As Celebrações Eucarísticas vão ocorrer de hora em hora, simultaneamente, dentro da basílica, bem como no claustro, área interna do convento.
Programação - 16 de julho - solenidade de Nossa Senhora do Carmo
Como forma de enaltecer o 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN), celebrado pela Arquidiocese de Olinda e Recife de 11 a 15 de novembro, com o tema, “Pão em todas as mesas”, a Festa de Nossa Senhora do Carmo 2022 realiza duas celebrações solenes na data reservada para a Mãe dos Carmelitas.
Às 9h, Santa Missa Solene, celebrada dentro da Basílica do Carmo, com a presidência do secretário geral do 18º CEN, monsenhor Albérico Bezerra de Almeida. O congresso será exaltado na temática da Festa de Nossa Senhora do Carmo deste ano.
“Ave, Virgem do Carmo, Mãe e Imagem da Igreja, Teu povo em festa celebra o Pão da Vida!”, e lema, “Todos eles perseveravam unânimes na oração, juntamente com Maria, Mãe de Jesus” (Cf. At 1, 14), e na Adoração ao Santíssimo Sacramento, que será realizada até esta sexta-feira (15), das 14h às 15h, dentro da basílica.
A Santa Missa Campal será realizada no pátio do Carmo, às 15h. A Celebração Eucarística será presidida pelo arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, OSB. Esta cerimônia encerra as cerimônias realizadas na festividade 2022.
Ao término da Divina Liturgia, tem início a procissão com a Venerável Imagem de Nossa Senhora do Carmo Peregrina. O cortejo tem previsão de saída às 16h30, da Igreja Santa Teresa de Jesus da Venerável Ordem Terceira do Carmo, que fica ao lado da Basílica do Carmo do Recife.
O roteiro seguirá pelas Avenidas Nossa Senhora do Carmo e Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol e Avenidas Guararapes e Dantas Barreto. A Solene Missa Campal e a procissão de encerramento retornam à programação da festa após dois anos de suspensão devido a Covid-19.
Programação – último dia do novenário e celebração da solenidade da Vésperas
Nesta quinta-feira (14), as Santas Missas seguem às 7h, 9h, 12h e 15h, dentro da basílica, e às 11h e 13h, no claustro. Às 19h, última noite do novenário, o pregador será o arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap.
Já na sexta-feira (15), data que antecede a solenidade da Flor do Carmelo, serão celebradas Santas Missas, de hora em hora, simultaneamente, a partir das 7h, e a celebração da Vésperas, às 18h30, com a presidência do bispo da Diocese de Caruaru (PE), dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap.
A celebração Vésperas Solene é uma das cinco orações oficiais da Igreja Católica, com liturgia semelhante à da missa, incluindo a recitação dos Salmos e a proclamação do Evangelho. Esse rito antecede a solenidade da Mãe de Jesus sob o título do Carmo.
Programação cultural
Nesta quinta-feira (14), o padre João Carlos e o cantor Petrúcio Amorim prometem animar o público com as apresentações artísticas e na sexta-feira (15), shows da cantora Joanna e do forrozeiro Jorge de Altinho.
As apresentações culturais do sábado (16) irão encerrar a programação da festa de Nossa Senhora do Carmo deste ano, com a musicalidade religiosa do padre Damião Silva e do sanfoneiro Dudu do Acordeon. Os espetáculos acontecem no palco montado no pátio do Carmo, em frente à Basílica, na avenida Dantas Barreto, área central do Recife.
Programação Cultural
14/07 (Quinta-feira)
16h - Coco dos Pretos
20h30 - Padre João Carlos
21h30 - Petrúcio Amorim
15/07 (Sexta-feira)
16h - Bloco Lírico O Bonde
20h30 - Joana
21h30 - Jorge de Altinho
16/07 (Sábado) Solenidade de Nossa Senhora do Carmo
18h - Padre Damião Silva
20h - Dudu do Acordeon
18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN)
Os Congressos Eucarísticos são realizados pela Igreja Católica em todo o mundo, e visam professar e dar testemunho público da fé em Jesus Cristo, para adorar o Senhor em Espírito e Verdade (cf. Jo 4, 23).
Dentro da programação do 18º Congresso Eucarístico Nacional (CEN) estão previstos Simpósio Teológico, Celebrações Eucarísticas, Catequeses Públicas, Feira Católica, Exposições Servos de Deus e das Pastorais Sociais, além de apresentações culturais.
Essas atividades vão ser celebradas em lugares significativos das cidades-irmãs (Catedral de Olinda, Pátio da Basílica do Carmo, Centro de Convenções, Marco Zero, Teatro de Santa Isabel, Parque Dona Lindu, Teatro do Parque).
Outras ações vão ser realizadas nas paróquias da arquidiocese, como as Celebrações da Primeira Comunhão Eucarística, Catequeses e visitas missionárias. A Basílica do Carmo vai acolher a última agenda do evento, recebendo a procissão para a benção do Santíssimo Sacramento.
Até novembro, uma extensa programação com várias atividades acontece no ano preparatório do 18º CEN. Entre as ações estão as Celebrações Eucarísticas, encontros de liturgia, festival artístico, passeio ciclístico, concertos musicais, lives, entre outros. Todos os detalhes do congresso podem ser conferidos pela internet no endereço cen2020.com.br.
Serviços:
326ª Festa de Nossa Senhora do Carmo
Data: 6 a 16 de julho de 2022
Local: Basílica do Carmo do Recife - Avenida Dantas Barreto, bairro de Santo Antônio
Novenário – 6 a 14 de julho
Santas Missas às 7h, 9h, 12h e 15h (basílica) e às 11h e 13h (claustro)
19h – Cerimônia religiosa
Vésperas Solene – 15 de julho
Santas Missas – 7h às 15h (basílica e claustro) hora em hora, simultaneamente
18h30 – Cerimônia religiosa
Dia de Nossa Senhora do Carmo – 16 de julho
A partir da 0h – Santa Missa (basílica e claustro) hora em hora, simultaneamente
15h – Missa Solene Campal
16h30 - Procissão - Ordem Terceira do Carmo, Avenidas Nossa Senhora do Carmo e Martins de Barros, Praça da República, Rua do Sol e Avenidas Guararapes e Dantas Barreto.
Programação (14 a 16 de julho)
Quinta-feira (14) - 9º dia do novenário
19h - Novenário
Pregador: dom Manoel Delson Pedreira da Cruz, OFMCap – arcebispo metropolitano da Paraíba (PB)
Tema: Ave, Virgem do Carmo, Mãe da Igreja, por vossa intercessão fazei-nos verdadeiros discípulos de Cristo, vosso Filho!
Convidados: Liturgia do Carmo
Sexta-feira (15) - vésperas solene
18h30 - Vésperas Solene em honra à Virgem do Monte Carmelo
Tema: Ave, Virgem, Esplendor e Patrona do Carmelo, dai-nos conviver convosco e aprender de vós, nossa Mãe, Irmã e Mestra!
Pregador: Dom José Ruy Gonçalves Lopes, OFMCap – bispo da Diocese de Caruaru (PE)
Convidados: Consagrados e Leigos da Família Carmelitana
Sábado (16) solene dia Nossa senhora do Carmo
9h - Missa Solene
Presidente: mons. Pe. José Albérico Bezerra de Almeida - secretário geral do XVIII Congresso Eucarístico Nacional e vigário paroquial da Paróquia de N. Sra. de Fátima de Boa Viagem.
15h - Missa Solene Campal
Presidente: dom Antônio Fernando Saburido, OSB - arcebispo metropolitano da Arquidiocese de Olinda e Recife. Após a missa campal, tradicional procissão com a Venerável Imagem de Nossa Senhora do Carmo Peregrina.
Glossário:
Basílica menor - O nome “basílica” era dado aos grandes e amplos edifícios públicos de reunião, que acolhiam os mais diversos eventos em Roma. A partir do século IV, as grandes igrejas cristãs adotaram esta forma arquitetônica basilical, pois tinha uma enorme vantagem para aquelas gerações cristãs: não estava conotada com o culto aos ídolos.
As grandes basílicas, chamadas basílicas maiores, são as mais antigas e importantes, como é o caso das quatro basílicas romanas: São Pedro, no Vaticano, São Paulo Fora de Muros, São João de Latrão, Catedral do Papa, e Santa Maria Maior.
A partir da segunda metade do século XVIII, os papas começaram a atribuir o título de “basílicas menores” a outras igrejas, particularmente importantes do ponto de vista histórico e artístico. Atualmente, mais do que o valor histórico ou artístico do edifício, este título é concedido a igrejas às quais se reconhece uma especial importância em termos pastorais.
Bula papal - Documento pontifício relativo a temas de fé ou de interesse geral, concessão de graças ou privilégios, assuntos judiciais ou administrativos, expedido pela Chancelaria Apostólica, estampado com tinta vermelha.
O termo "bulla" vem do latim e é empregado referindo-se à forma externa de um documento, que antigamente era lacrado com uma pequena "bola" (cápsula metálica redonda). O lacre era utilizado para proteger o selo de cera unido por um cordão a um documento de especial importância, com a finalidade de certificar sua autenticidade e autoridade.
Com o passar dos anos, "bulla" indicou também o selo; depois, todo o documento selado - o que explica porque ainda hoje se usa o termo para todos os documentos papais de especial importância, que possuem, ou pelo menos tradicionalmente deveriam conter, o selo do Pontífice.
Vésperas Solene - Vésperas é a oração litúrgica e canônica da igreja celebrada após o entardecer. Significa o dia que antecede a festa e é solene pelo motivo de ser celebrada solenemente.
Escapulário - Termo de origem latina que significa "armadura" ou "proteção". De acordo com a tradição da ordem carmelita, no dia 16 de julho de 1251, a Virgem Maria apareceu para o frei Simão Stok, então superior dos Carmelitas, entregando-lhe o Escapulário e lhe disse: Recebe, meu filho muito amado, este escapulário de tua ordem, sinal do meu amor, privilégio para ti e para todos os carmelitas. Quem com ele morrer não se perderá. Eis aqui um sinal da minha aliança, salvação nos perigos, aliança de paz e amor eterno. Desde então, o escapulário passou a fazer parte integrante do hábito da congregação.
Imagem peregrina – A imagem de Nossa Senhora do Carmo é a mesma que em 1951 percorreu igrejas em todo o Brasil nas comemorações dos 700 anos do escapulário. Em 2019, esta imagem peregrinou nas paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife em comemoração ao centenário da coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo como Rainha de Recife e Pernambuco. Essa mesma imagem será introduzida solenemente durante o novenário 2022, bem como na procissão de encerramento da festividade.
Nossa Senhora do Carmo
A devoção a Nossa Senhora do Carmo tem origem no século XII, quando um grupo de eremitas começou a se formar no monte Carmelo, na Palestina, iniciando um estilo de vida simples e pobre. A palavra Carmo ou carmelo significa jardim e corresponde ao monte do Carmo ou monte Carmelo, que fica em Israel, onde o profeta Elias se refugiou.
A ordem dos carmelitas venera com carinho o profeta Elias, que é seu patriarca, e a Virgem Maria, venerada com o título de Bem Aventurada Virgem do Carmo. Devido ao lugar, esse grupo foi chamado de carmelitas. Esse grupo de eremitas construiu uma pequena capela dedicada à Senhora do Carmo, ou Nossa Senhora do Carmelo.
Posteriormente, os religiosos foram obrigados a ir para a Europa fugindo da perseguição dos muçulmanos. Com a expulsão dos carmelitas de Israel, a devoção a Nossa Senhora do Carmo começou a se espalhar por toda a Europa e América Latina.
História da Basílica do Carmo
Data do Século XIV o início da devoção a Nossa Senhora do Carmo no Brasil, com a chegada dos carmelitas a Olinda e a construção do Convento Santo Antônio do Carmo, em 1584, o primeiro das Américas.
Com a expulsão dos holandeses, em 1964, a Ordem dos Carmelitas migrou para o Recife, estabelecendo-se na cidade em 1663, na área do antigo Palácio da Boa Vista, que pertenceu ao conde Maurício de Nassau.
No local começaram a erguer a Igreja e o Convento, a partir de 1665. A Igreja ficou pronta após 100 anos, em 1767, com expressões do barroco português do século XVIII. A fachada é ornada com arabescos e uma torre de 50 metros, além de imagens em pedra da Virgem do Carmo e dos santos Elias e Eliseu, iniciadores do carmelo.
O Templo em seu interior possui nove altares, quatro em cada lado e um altar central, a capela-mor, com a imagem centenária de Nossa Senhora do Carmo, além de São Elias e São Eliseu. O patrimônio cultural/artístico/religioso pode ser observado também nas paredes, trabalhadas no dourado pleno, no branco e também no policromado.
O piso da Basílica apresenta os azulejos portugueses, exemplares dos primeiros ladrilhos cimentícios. No teto podemos ver um forro em madeira com a imagem de São Elias, patrono da Ordem Carmelita, sendo levado ao céu por uma carruagem de fogo.
A Igreja foi elevada à condição de Basílica Menor no ano de 1922 no pontificado do Papa Bento XV, e em 1938 foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Recife
A devoção a Nossa Senhora do Carmo se espalhou rapidamente nas terras brasileiras. Os fiéis que recorriam à virgem do Carmelo sempre demonstraram seus afetos por ela sendo prova disto os muitos conventos e igrejas erguidos graças aos inúmeros benefícios dos devotos.
A monumental igreja de Nossa Senhora do Carmo teve suas obras iniciadas em 1665, e foi um marco importante da história de Pernambuco. A Igreja do Carmo, situada na Área Central do Recife, possui a imagem centenária de Nossa Senhora do Carmo que se tornou símbolo da fé do povo pernambucano.
Foi por desejo do povo e do grande trabalho dos frades espanhóis, principalmente de Frei André Prat, que em 1908, foi pedido a elevação de Nossa Senhora do Carmo como padroeira do Recife.
O bispo Dom Raimundo Brito aceitou com alegria o pedido do povo recifense e levou ao papa a solicitação com a assinatura da população devota. Em 1909, o pontífice concede o benefício e a Virgem do Carmo é elevada a padroeira do Recife, junto a Santo Antônio. Fonte: tvcarmelo.com.br
Nossa Senhora do Carmo, Rainha de Pernambuco
Assim como no patronato, a coroação foi um desejo do povo. Não podemos deixar de citar aqui o enorme esforço do carmelita espanhol Frei André Prat que trabalhou incansavelmente pelo patronato, coroação de Nossa Senhora do Carmo e restauração da Província Carmelitana Pernambucana.
Desde 1911, a sociedade pernambucana, com o clero, o bispo Dom Sebastião Leme e instituições religiosas trabalharam para que a coroação fosse um evento que ficasse para a história da igreja em Pernambuco.
A imagem de Nossa Senhora do Carmo foi a segunda imagem canonicamente coroada no Brasil, sendo a primeira imagem coroada a de Nossa Senhora Aparecida em 1908.
A semana que antecedeu a coroação foi de grande movimento para a cidade do Recife. Os bispos do Norte e Nordeste do Brasil se reuniram em assembleia no convento do Carmo, houve novenas e várias celebrações.
A Igreja e o Convento foram reformados e iluminados para a solenidade. Uma coroa de ouro de 3.000 gramas de ouro e 60 centímetros de altura foi confeccionada pela generosidade do povo pernambucano.
No dia da coroação, 21 de setembro de 1919, os sinos tocaram pela manhã. Às nove horas, a solene leitura da bula pontifícia que coroava Nossa Senhora do Carmo foi lida pelo bispo Primaz do Brasil, Dom Gerônimo Tomé, com todo o pontifical exigido.
Neste dia foi decretado feriado e o Recife parou. Os trens e bondes ficaram lotados. Os carros de aluguéis foram todos alugados e as sapatarias, chapelarias e confeitarias venderam todos os seus estoques. Hotéis e pensões da cidade ficaram cheios e todos os jornais noticiaram algo sobre a coroação.
A procissão saiu à tarde da basílica levando a imagem da virgem que percorreu as ruas do Centro do Recife que estavam todas enfeitadas. A Praça da Faculdade de Direito ficou lotada, local da coroação.
Na hora da coroação, sinos e fogos se ouviam em toda cidade. Após a coroação, o arcebispo Dom Sebastião Leme fez um eloquente discurso e iniciou dizendo: Rainha de Pernambuco, Salve! Soberana dos corações, Senhora do mundo inteiro salve, salve! Esse foi um dia de festa para todos os pernambucanos.
Em 2019, foram realizadas as comemorações do centenário da coroação canônica da imagem de Nossa Senhora do Carmo. A festividade contou apresentação musical para escolha do hino oficial, exposição fotográfica, livro histórico e romaria com a imagem peregrina.
Outras atividades na programação foram a campanha para troca dos Sinos, novenário da Festa do Carmo 2019 e tríduo festivo celebrado de 18 e 21 de setembro do mesmo ano, com procissão e coroação da mesma imagem refazendo o percurso realizado há 100 anos.
Em 1967, através de decreto-lei 9.777, a data 16 de julho entrou para o calendário oficial de referência a Nossa Senhora do Carmo. Desde 2019, a Festa de Nossa Senhora do Carmo faz parte do calendário oficial de eventos turísticos de Pernambuco. Fonte: tvcarmelo.com.br