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Levantamento da SDS detalha as ocorrências com vítimas em Pernambuco

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Um levantamento feito pela Gerência de Análise Criminal e Estatística (Gace) da Secretaria de Defesa Social, com base no georreferenciamento dos bairros das cidades pernambucanas e informações coletadas junto a prefeituras, Corpo de Bombeiros, órgãos estadual e municipais de Defesa Civil, Instituto de Medicina Legal (IML) e sistema Infopol, detalhou as ocorrências com vítimas provocadas pelas fortes chuvas registradas no Estado desde o dia 25 de maio.

"Fizemos um extenso trabalho de investigação cruzando os dados disponíveis em diversos serviços e sistemas, para conhecer em maior profundidade essa tragédia sem precedentes na história de Pernambuco. Estamos falando de vidas, de famílias e populações inteiras marcadas por perdas imensuráveis e irreparáveis. E é por isso que o panorama pode ser consolidado somente agora, dias depois, mas de forma segura e precisa, dada a complexidade social e as fontes de informações. A prioridade, em um primeiro momento, foram os resgates e salvamentos com vida de mais de 2,5 mil pessoas que estavam ilhadas, as operações de defesa civil, a localização e identificação de todos os desaparecidos, devidamente periciados e entregues a suas famílias, o transporte de mantimentos e o apoio social às comunidades atingidas, o que ainda está sendo feito. Mas é preciso se debruçar e analisar essa triste realidade, para nortear com maior precisão as políticas públicas, além de subsidiar nossos planos de prevenção e contenção de desastres ambientais e climáticos”, disse o secretário de Defesa Social, Humberto Freire, após reunião de monitoramento das ações no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), envolvendo Corpo de Bombeiros, polícias Civil, Militar, Científica, Marinha, Exército, Defesa Civil estadual e municipais, guardas municipais, Neoenergia e Compesa, Grande Recife e CBTU. 

 

Recortes por sexo, faixas etárias e localidades

Conforme o estudo, das 129 vítimas, todas devidamente reconhecidas e identificadas no IML, 120 (ou 93%) morreram soterradas em deslizamentos de barreiras e 9 (que representa 7%) vieram a óbito por afogamento. As mortes ocorreram principalmente nos dias 28 (101) e 29 de maio (17), e o restante foi nos dias 25 (5), 30 (3), 31 (2), todos em maio, e uma no dia 7 de junho.

Das vítimas, 71 eram mulheres (55%) e 58 (45%) eram homens. Das 129 pessoas, 63 tinham entre 31 e 65 anos; 24 estavam na faixa entre 18 e 30 anos;  24 eram crianças de 1 a 12 anos; 9 tinham mais de 65 anos; 8 eram adolescentes de 13 a 17 anos; e um era recém-nascido.

No georreferenciamento, foi levado em consideração o local do deslizamento de barreira ou enchente. Do total de mortos, 64 foram em ocorrências em Jaboatão dos Guararapes; 50 faleceram no Recife; 7 mortes foram registradas em Camaragibe; 6, em Olinda; e o restante foi em Limoeiro (1) e Paulista (1). Os bairros, e suas respectivas cidades, onde aconteceram os óbitos foram Cohab, no Recife (25 mortes); Dois Carneiros, em Jaboatão (24); Barro, no Recife (9); Padre Roma, Muribeca (ambos em Jaboatão) e Ibura(Recife), todos com 7 vítimas; Santo Aleixo, Curado (ambos em Jaboatão) e Alto Santo Antônio (Camaragibe), todos com 6; Cavaleiro (Jaboatão), com 4; Guabiraba (Recife), com 3; Zumbi do Pacheco, Engenho Velho (ambos em Jaboatão), Peixinhos e Córrego do Abacaxi (ambos em Olinda), todos com 2; e o restante, com uma morte cada, foram Tejipió, Dois Irmãos, Córrego do Jenipapo, Casa Amarela, Cajueiro, Alto Santa Terezinha (todos no Recife), Sucupira, Socorro, Piedade, Loteamento 92, Comporta, Alto da Colina (todos em Jaboatão), Santa Tereza, Águas Compridas (ambos em Olinda), Jaguaribe (Paulista), Zona Rural de Limoeiro e Bairro dos Estados (Camaragibe).

 

 

Confira, em anexo, o arquivo com os nomes completos das vítimas, datas dos óbitos e locais das ocorrências, com recorte por logradouro, bairro e município.