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Secretário de Saúde de PE reforça a necessidade do ciclo vacinal completo na população

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Em coletiva de imprensa realizada pelo Governo de Pernambuco nesta quinta-feira (11),  o secretário de Saúde, André Longo, ressaltou a necessidade do ciclo vacinal completo em toda a população para o avanço da volta da normalidade aos poucos. O secretário reforçou a continuidade do uso de máscaras nos ambientes, tendo em vista que alguns Países liberaram o uso precocemente e tiveram que voltar atrás da decisão.

"Temos mais de 600 mil pernambucanos que não completaram o esquema com 2ª dose, temos que fazer busca ativa. Os municípios podem reconhecer, fazer atividades desde o porta a porta com agentes comunitários até outras estratégias, como ir a locais de grande circulação como feiras, para fazer com que a vacina possa chegar nessas pessoas que estão com a 2ª dose em atraso, ou como tem alguns bolsões que sequer tomaram a primeira dose. Nas escolas, temos estimulado os adolescentes, é uma medida que dá certo. É fundamental diversificar estratégias a partir do conhecimento do município", afirmou André Longo.

Longo pontuou que há uma preocupação com o possível aumento de casos na época de sazonalidade. "Estamos estudando um grupo de trabalho, construindo opções para durante os meses de dezembro e janeiro estarmos participando mais ativamente desse processo junto aos municípios. A gente precisa chegar ao período de maior circulação de vírus com a cobertura vacinal superior a 90%. Já atingimos 90% da 1ª dose, estamos em torno de 92% da população elegível vacinada, mas precisamos trabalhar para atingir essa meta também com a 2ª dose. Temos o restante de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro para corrermos atrás, junto com toda a sociedade pernambucana, que precisa se mobilizar para atingir os melhores indicadores de vacinação para termos a segurança de enfrentar esse período de maior ocorrência de doenças respiratórias. Que estejamos preparados para evitar proporções maiores de uma eventual terceira onda", alertou.

O secretário de Saúde comentou que, neste momento, não há condições sanitárias de o Estado tirar o uso obrigatório da máscara em todos os ambientes. "É importante manter o mecanismo para diminuir a contaminação. O vírus ainda está circulando. Quando estão com a máscara, a carga viral diminui bastante e a possibilidade de passar para outra pessoa também reduz. Quando atingirmos o patamar superior a 80% com as duas doses e monitorando com a cobertura e reforço, podemos estudar essa medida da retirada da obrigatoriedade. A gente sabe que a máscara incomoda, mas salva vidas e é fundamental para auxiliar os indicadores na estabilidade que temos hoje. Vários Países tiveram que voltar atrás quando liberaram o uso de máscara precocemente. Hoje, entendemos que ela faz parte desse cuidado com a saúde". 

Cenário epidemiológico
De acordo André Longo, Pernambuco permanece com um cenário epidemiológico de estabilidade. Houve, de fato, redução nos indicadores dos casos de Covid-19 no Estado. "Em relação aos casos graves, tivemos na Semana Epidemiológica 44, 369 notificações, que representa uma queda de 6% em comparação a semana 45, e 14% em 15 dias. A Central de Regulação registrou 235 solicitações por UTIs na semana 44, com queda de 4% em relação às semanas anteriores".

Em comparação com o mesmo período de 2020, Pernambuco teve uma redução de 44% nas notificações de Srag, e 53% nas solicitações por vagas de UTI. "Um ano atrás tínhamos mais de 600 pacientes ocupando leitos de UTI, hoje, são menos de 400. Isso não é obra do acaso, é fundamental o impacto da vacinação. O cenário atual permite novas progressões no Plano de Convivência, mas temos sempre que reforçar que a pandemia não acabou e precisamos manter os cuidados e avançar na vacinação", disse Longo.