Ocupando área de 1,75 hectare, às margens da rodovia PE-60, no Cabo de Santo Agostinho, o viveiro tem capacidade de produção de cerca de 450 mil mudas/ano de 80 espécies nativas da Mata Atlântica. Parte da equipe de produção é formada por moradores das comunidades locais de Algodoais e Massangana, que auxiliam a Cooates, cooperativa contratada por Suape para tocar todo o processo de produção.
“Os residentes conhecem a mata como ninguém e ajudam a encontrar as sementes das espécies. Elas são trazidas para cá e passam por todas as etapas de beneficiamento, germinação, ensacamento, rustificação, até que a muda esteja apta para plantio em áreas de restauração florestal determinadas pela Diretoria de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape”, explicou o gestor do viveiro, o engenheiro agrônomo José Mário de Souza Flor e Sá.
Para que o ciclo esteja completo, é necessário um “trabalho de formiguinha”. Depois que a semente é selecionada, pode levar até um ano para que uma muda fique pronta. “Algumas espécies, como a aroeira, a burra-leiteira e a mutamba, levam pouco mais de três meses e já ficam prontas para o plantio. Já outras exigem mais cuidados e podem demorar até um ano, como o pau-brasil, o visgueiro e a maçaranduba”, salientou o engenheiro agrônomo de Suape.
Atualmente, o viveiro tem em estoque 380 mil mudas, que servem tanto para novas ações de reflorestamento como para a manutenção do trabalho já realizado. “A produção não para, pois a tarefa de conservação das áreas que já foram reflorestadas também exige o plantio de novas mudas. Somente em 2021, nós já fizemos o plantio de mais de 180 mil mudas na área do território estratégico de Suape e devemos ampliar esse número em 2022”, agregou José Mário.
Segundo informa o diretor de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Suape, Carlos Cavalcanti, todo o trabalho deverá ter mais um reconhecimento em breve. “O viveiro passará por auditoria para conquistar as certificações ISO 14001 e NBR 16001 (responsabilidade ambiental e responsabilidade social). A primeira é específica aos requisitos mínimos relativos ao sistema de gestão ambiental e tem foco na redução do consumo de recursos e no ganho econômico com o uso da energia solar. Já a segunda estabelece critérios para gestão da responsabilidade social. Para isso, o espaço verde deverá implementar ações para promoção da cidadania e do desenvolvimento sustentável”, pontuou o gestor.
Ação no mangue
Sustentabilidade como marca