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Fiéis celebram 325ª Festa de Nossa Senhora do Carmo com cortejo de veículos no Recife
Fé, esperança e amor marcam, na tradição católica, a 325ª Festa de Nossa Senhora do Carmo do Recife, na Basílica do Carmo, no Centro da Capital. Na tarde desta sexta-feira (16), feriado municipal, a imagem peregrina da Mãe do Escapulário sai em carro aberto pelas principais avenidas, saudando os devotos da padroeira da cidade. Este é o segundo ano consecutivo que não vai ocorrer a tradicional procissão com a imagem, medida que visa atender ao decreto Estadual para evitar aglomerações. Com as condições atípicas, muitos fiéis foram até a basílica, no bairro de Santo Antônio, pedir conforto para os tempos de crise e incerteza instaurados pela Covid-19. No pátio do local, embora a maioria das pessoas estivessem utilizando máscara, não havia o respeito ao distanciamento social, medida essencial para evitar a transmissão da doença.
“É preciso falar primeiramente da fé em Deus, por estar com saúde e agradecer pelo livramento, pois passei pela Covid-19 e hoje estou aqui contando a minha vitória. Essa pandemia que está aqui é realmente muito preocupante. Mas hoje, estou aqui para estar na presença do Senhor. Estou maravilhada buscando o Senhor onde se pode achar. Isso é muito gratificante”, comenta a dona de casa Rose Nascimento, moradora do bairro de Santo Aleixo, em Jaboatão dos Guararapes.
“É preciso falar primeiramente da fé em Deus, por estar com saúde e agradecer pelo livramento, pois passei pela Covid-19 e hoje estou aqui contando a minha vitória. Essa pandemia que está aqui é realmente muito preocupante. Mas hoje, estou aqui para estar na presença do Senhor. Estou maravilhada buscando o Senhor onde se pode achar. Isso é muito gratificante”, comenta a dona de casa Rose Nascimento, moradora do bairro de Santo Aleixo, em Jaboatão dos Guararapes.
“Para mim, Nossa Senhora do Carmo é a nossa mãe que intercede por nós. Ela protege os nossos lares e as nossas casas, além de dar a ajuda, respaldo e força para segurar essa batalha que, sabemos que todos nós estamos enfrentando. É essa guerra biológica, é esse desemprego e a fome que ainda assola nossa cidade. Então, a gente precisa se fortalecer na fé, se segurar em Nossa Senhora”, fala Rose, que está na fila desde antes das 11h da manhã para entrar na Basílica.
A festividade deste ano traz como tema “Mãe do Carmelo, contigo e Teu Esposo, São José subimos à Casa do Senhor!”, e o lema “No centenário da Basílica, somos todos pedras vivas!”, conforme citação bíblica 1 Pd 2,5, em alusão ao ano dedicado a São José, celebrado em 2021 e ao ano jubilar do centenário da Basílica do Carmo que vai ser comemorado no próximo ano.
A aposentada Maria de Lourdes Souza, 66 anos, moradora do bairro de São José, na Capital pernambucana revela que há mais de 20 anos participa do evento. “Cada dia eu me aproximo mais dela. Toda vez que estou por aqui, faço questão de agradecer”, comenta com os olhos em lágrimas. “Nossa Senhora é a nossa mãe! É a nossa mãe. Ainda nem entrei na igreja, mas já estou emocionada. E a procissão, apesar da situação, vou tentar acompanhar um pouco”.
Por volta das 14h da tarde de hoje, abaixo de um templo nublado e com uma leve garoa, o cortejo de carros saiu da Basílica do Carmo, às margens da Avenida Dantas Barreto, um dos principais corredores do Centro do Recife, e seguiu em direção à Zona Sul.
“Esse momento é de grande emoção e por sinal, estou agradecendo pois eu tinha muita vontade de me aposentar e dava tudo errado. Então prometi, que quando me aposentasse, eu iria vir na igreja no dia da festa de Nossa Senhora e vou acompanhar a procissão. De todo jeito eu vou, pois o carro vai na frente e eu vou devagarinho acompanhando. Estou vacinada contra a Covid-19”, comenta a aposentada Maria de Lourdes.
“O meu marido era motorista do vigário, então eu sempre participei. Eu sou muito religiosa e nunca deixei de ser católica. Sou crismada, batizada, fiz tudo que tenho direito. É muita felicidade. Estou aqui desde as onze e meia da manhã, e só volto à noite para casa. Eu frequento aqui e as pessoas me conhecem. Como meu marido era motorista, eu conheci bastante locais aqui na Basílica”, relembra dona Maria, que é viúva a oito anos.
O percurso do cortejo seguiu pela Av. Boa viagem, passando pelo Pina, na faixa à direita da Antônio de Góis, seguindo pelo Viaduto Capitão Temudo até a Av. Agamenon Magalhães. Passou também pelas ruas de Beberibe, Encruzilhada. Seguiu pelo cruzamento da Avenida Norte, Rosa e Silva, passou pelo Parque Amorim, Rua do Príncipe, Ponte Princesa Isabel, a Praça da República até o retorno à Basílica, em Santo Antônio.
A imagem da Santa
A imagem de Nossa Senhora do Carmo, a mesma que em 1951 percorreu igrejas em todo o Brasil nas comemorações dos 700 anos do escapulário, chama atenção dos fiéis com seu novo manto e coroa, que foram apresentados durante a celebração da “Vésperas Solene”, ontem (15), cerimônia da liturgia católica que a antecede a solenidade da Mãe de Jesus sob o título do Carmo, comemorada hoje.
“Eu achei o manto novo que ela recebeu muito bonito. Eu cheguei a ver, e chama muito a atenção do povo. Acho que combinou muito com ela. Toda imagem que eu vejo dela, me arrepia, mas esse ano ficou realmente muito bonito. Gostei muito”, conta a jovem auxiliar Maria Kalyne, de 19 anos, moradora do bairro de Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife.
“Nesse período que a gente está, vejo que o povo está com muita ansiedade. A fé, me ajuda muito nesse sentido. Antes eu tinha mais tempo dentro da igreja, seja com o Encontro de Jovens com Cristo (EJC), ou outras atividades. Mas depois da pandemia, tudo isso parou. Então, eu me apego a minha fé, para não ficar com crise de ansiedade. Agora, que as atividades da igreja estão voltando, para mim, o tempo que estou na igreja é um grande alívio, pois fico muito calma. Nossa Senhora do Carmo é um grande exemplo de mulher. E é o exemplo que eu quero levar para os meus filhos quando eu tiver”, comenta a jovem.
No ano de 2019, a mesma imagem peregrinou às paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife em comemoração ao centenário da coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo como Rainha de Recife e Pernambuco.
História
“Eu achei o manto novo que ela recebeu muito bonito. Eu cheguei a ver, e chama muito a atenção do povo. Acho que combinou muito com ela. Toda imagem que eu vejo dela, me arrepia, mas esse ano ficou realmente muito bonito. Gostei muito”, conta a jovem auxiliar Maria Kalyne, de 19 anos, moradora do bairro de Vasco da Gama, na Zona Norte do Recife.
“Nesse período que a gente está, vejo que o povo está com muita ansiedade. A fé, me ajuda muito nesse sentido. Antes eu tinha mais tempo dentro da igreja, seja com o Encontro de Jovens com Cristo (EJC), ou outras atividades. Mas depois da pandemia, tudo isso parou. Então, eu me apego a minha fé, para não ficar com crise de ansiedade. Agora, que as atividades da igreja estão voltando, para mim, o tempo que estou na igreja é um grande alívio, pois fico muito calma. Nossa Senhora do Carmo é um grande exemplo de mulher. E é o exemplo que eu quero levar para os meus filhos quando eu tiver”, comenta a jovem.
No ano de 2019, a mesma imagem peregrinou às paróquias da Arquidiocese de Olinda e Recife em comemoração ao centenário da coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo como Rainha de Recife e Pernambuco.
História
Para entender a história da santa, de acordo com a tradição da Ordem Carmelita, no dia 16 de julho de 1251, a Virgem Maria teria aparecido para o frei Simão Stok, então superior dos Carmelitas, e teria lhe entregado um escapulário, termo de origem latina que significa "armadura" ou "proteção", dizendo: “O escapulário será para ti um privilégio, e quem morrer piedosamente revestido com ele será preservado do fim eterno.” Desde então, o escapulário passou a fazer parte integrante do hábito da congregação.
Mais de 600 anos depois, o povo pernambucano pediu que a Nossa Senhora do Carmo fosse proclamada padroeira. A data 25 de novembro de 1908 marca quando o papa Pio X proclamou Nossa Senhora do Carmo como Padroeira do Recife.
Já em 1918, o papa Bento XV concedeu a coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo, evento que ocorreu no dia 21 de setembro de 1919. O papa Bento XV também elevou a Igreja do Carmo a categoria de Basílica Menor, no dia 16 de julho de 1922.
Fé em Família
Mais de 600 anos depois, o povo pernambucano pediu que a Nossa Senhora do Carmo fosse proclamada padroeira. A data 25 de novembro de 1908 marca quando o papa Pio X proclamou Nossa Senhora do Carmo como Padroeira do Recife.
Já em 1918, o papa Bento XV concedeu a coroação canônica de Nossa Senhora do Carmo, evento que ocorreu no dia 21 de setembro de 1919. O papa Bento XV também elevou a Igreja do Carmo a categoria de Basílica Menor, no dia 16 de julho de 1922.
Fé em Família
Contemplando a imagem da Nossa Senhora nos portões da Basílica, uma família de Paudalho, na Zona da Mata Norte, relata sobre as motivações de virem pela primeira vez no evento. “Ela representa tudo para mim. Quem tem fé nela, tudo será resolvido, em nome de Jesus. Nesse período difícil que a gente está vivendo é uma forma para a gente vencer essa pandemia. A Nossa Senhora representa tudo. Vim pedir e agradecer, principalmente. E que aconteça tudo de bom para nós”, fala o senhor Edgar Oliveira, 59 anos, que veio à Capital com a esposa e a filha.
“É com muita alegria que eu e minha família estamos aqui hoje. Pois essa data marca 20 anos de casamento. Então, nada seria mais justo do que vir agradecer pela nossa união e pela nossa família. Eu pedi muito a Deus e ganhei ele de presente, e ainda uma família”, fala a funcionária pública Letícia Oliveira, 61 anos, esposa de seu Edgar.
Com os olhos em lagrimas dona Letícia conta sobre a emoção de estar pela primeira vez na festividade. “É a primeira vez que estou aqui nesta data de hoje. Meu coração está muito feliz e alegre por tudo. Eu vim agradecer e pedir mais graças. Eu acredito que só na fé a gente alcança nossas melhoras. É sobre acreditar que temos um Deus que pode tudo. E Nossa Senhora do Carmo, mãe do nosso senhor Jesus Cristo, que também intercede junto a Deus, por todas as nossas graças”, complementa.
“É a primeira vez que estamos aqui no dia da festa de Nossa Senhora. Esse momento é de grande emoção e também para agradecer. É um misto de sensações. Mas como comentei com meus pais, mesmo em meio a pandemia, as pessoas não deixaram de procurar a casa de Deus, apesar desses momentos difíceis”, comenta Edvania Oliveira, 28 anos, filha de Letícia e Edvaldo.
Programação
“É com muita alegria que eu e minha família estamos aqui hoje. Pois essa data marca 20 anos de casamento. Então, nada seria mais justo do que vir agradecer pela nossa união e pela nossa família. Eu pedi muito a Deus e ganhei ele de presente, e ainda uma família”, fala a funcionária pública Letícia Oliveira, 61 anos, esposa de seu Edgar.
Com os olhos em lagrimas dona Letícia conta sobre a emoção de estar pela primeira vez na festividade. “É a primeira vez que estou aqui nesta data de hoje. Meu coração está muito feliz e alegre por tudo. Eu vim agradecer e pedir mais graças. Eu acredito que só na fé a gente alcança nossas melhoras. É sobre acreditar que temos um Deus que pode tudo. E Nossa Senhora do Carmo, mãe do nosso senhor Jesus Cristo, que também intercede junto a Deus, por todas as nossas graças”, complementa.
“É a primeira vez que estamos aqui no dia da festa de Nossa Senhora. Esse momento é de grande emoção e também para agradecer. É um misto de sensações. Mas como comentei com meus pais, mesmo em meio a pandemia, as pessoas não deixaram de procurar a casa de Deus, apesar desses momentos difíceis”, comenta Edvania Oliveira, 28 anos, filha de Letícia e Edvaldo.
Programação
Desde o começo da pandemia, uma réplica da imagem centenária de Nossa Senhora do Carmo está exposta em um altar montado em frente à porta principal do templo e vai permanecer ao longo dos 16 dias de atividades celebrativas. De acordo com a organização do evento, neste sábado (17) a Basílica abre apenas para visitação, das 7h às 12h. Domingo (18) e segunda-feira (19), ficará fechada, retomando as atividades na terça-feira, dia 20 de julho.
Assim, a Santa Missa dominical, no domingo (18), será celebrada na Igreja Ordem Terceira do Carmo, às 10h. Dentro da programação da pós-festa, a partir do dia 21 de julho vão ser realizadas Missas Votivas de Nossa Senhora, com cânticos marianos e a imposição do escapulário. De acordo com a organização do evento, as celebrações vão ocorrer todas as quartas-feiras, às 12h, durante o ano jubilar dos 100 anos de elevação pontifícia da Basílica do Carmo.
Assim, a Santa Missa dominical, no domingo (18), será celebrada na Igreja Ordem Terceira do Carmo, às 10h. Dentro da programação da pós-festa, a partir do dia 21 de julho vão ser realizadas Missas Votivas de Nossa Senhora, com cânticos marianos e a imposição do escapulário. De acordo com a organização do evento, as celebrações vão ocorrer todas as quartas-feiras, às 12h, durante o ano jubilar dos 100 anos de elevação pontifícia da Basílica do Carmo.