° / °

Cabo capacita policiais civis e militares para atender mulheres vítimas de violência

Por

Policiais civis e militares do Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca participaram, na última sexta-feira (16), de uma capacitação promovida pela Secretaria Executiva da Mulher do Cabo de Santo Agostinho para atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Na capacitação, foram abordados conceitos de gênero, de violência doméstica e familiar contra a mulher e a atuação policial na descrição correta do boletim de ocorrência para mulheres vítimas de violência. 

O modelo implantado pela nova gestão de Keko do Armazém através da Secretária Walkiria Alves, atraiu gestoras dos municípios de Ipojuca, Gameleira e Rio Formoso. Nos encontros são apresentadas as ações de enfrentamento e combate à violência doméstica a serem replicadas nos municípios. 

A secretaria conta com a equipe multidisciplinar e oferece acompanhamento social, principalmente às vítimas de violência doméstica. O atendimento é feito por profissionais das áreas jurídica, social e psicológica. Além disso, o pessoal elabora, propõe, articula, planeja e fomenta a implantação de políticas públicas para a defesa dos direitos das .

“É um momento importante de aproximação nessa rede de proteção e enfrentamento. Nosso objetivo é fazer com que as mulheres sejam atendidas com mais humanização, compreensão e rapidez. É um momento de construção e sensibilização para o fenômeno da violência”, festejou a secretária da pasta, Walkiria Alves. 

Para o delegado Abraão França, a capacitação de policiais é muito importante para alinhar as informações e direcionar para um trabalho de excelência e unir toda rede de enfrentamento. “O evento de hoje foi um marco na segurança pública voltada para as mulheres do Cabo. A integração da Secretaria da Mulher com a Polícia Civil tem ficado mais afinada, e tenho certeza que, a partir de hoje, todo trabalho que estamos construindo, no acolhimento das mulheres, vai se tornar referência e trará paz às cabenses”, disse. 

Atendimento

O Cabo é um dos únicos municípios do Estado a manter dois centros especializados de atendimento à mulher. De 185 municípios, há apenas 37 centros especializados. Dois estão no Cabo.

A cidade também mantém a Patrulha Maria da Penha e a sala especial de atendimento à mulher na Delegacia Regional, voltada ao acolhimento das mulheres vítimas de violência, inclusive durante os finais de semana. A Delegacia da Mulher funciona apenas de segunda a sexta.

O Cabo de Santo Agostinho também mantém atendimento itinerante nos engenhos do município, regiões mais distantes da zona rural. Nestes atendimentos, assim como acontecem nos centros, a mulher é recebida por uma equipe composta por advogada, psicóloga e assistente social que dão orientação jurídica, medidas protetivas e encaminhamento ao conselho tutelar, além de registro de boletim de ocorrência.

Patrulha Maria da Penha

A Patrulha Maria da Penha do Cabo de Santo Agostinho atua na fiscalização e prevenção a todas as formas de violência doméstica contra a mulher e já atendeu, apenas neste primeiro semestre, mais de  1.668 casos, encaminhamos para os diversos órgãos da rede municipal, como o Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Conselho Tutelar, Saúde e Projetos Sociais. 

A iniciativa em ter um serviço de proteção integral a mulher em situação de violência que garanta a integridade e os direitos das mulheres foi eleita como prioridade no Cabo de Santo Agostinho e faz parte do modelo de gestão implantado pelo Prefeito Keko do Armazém. 

A falta de informação e o medo de estar sozinha estão entre as principais barreiras para que as mulheres vítimas de violência não busquem ajuda. Como contraponto, a Prefeitura do Cabo atua com uma rede de proteção, fundamental para que as mulheres encontrem suporte para romper com o ciclo da violência. 

A rede é composta por um conjunto amplo de órgãos, organizações da sociedade civil, equipamentos públicos e rede sociofamiliar. Todo o sistema parte da compreensão de que a violência que atinge as mulheres, sobretudo, nas relações afetivas e familiares, é um problema multifacetado e, que para o seu enfrentamento, é necessário o funcionamento de todos. Por isso são ofertados serviços com atendimento jurídico, psicológico, social em conjunto com  a patrulha Maria da Penha.