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Secretário cobra ações mais efetivas do Ministério da Saúde

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Apesar da visita do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga a hospitais do Agreste no último final de semana, o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, disse que o estado precisa, além de solidariedade, de ações que ajudem a conter a disseminação da Covid-19 e ajude no tratamento das pessoas que se encontram doentes. Ele afirmou que vários pedidos, como testes de antígeno e cilindros de oxigênio não tiveram resposta de Brasília.

"Não há, neste momento, esforço adicional por parte do Ministério da Saúde para entender o momento delicado que temos. A gente reconhece a solidariedade do ministro e admira o gesto, mas precisamos de medidas mais concretas para melhorar a situação da população de Pernambuco", disse Longo.

Segundo ele, Pernambuco demandou 200 mil testes de antígeno para serem encaminhado aos municípios do Agreste e, com isso, mais celeridade na vigilância genômica, que poderia identificar se há alguma variante do vírus circulando no interior. Além disso, foram pedidos 500 concentradores de oxigênio, dos quais 148 foram liberados e apenas nove entregues. O restante vem por via terrestre e deve estar chegando entre os dias 6 e 10 de junho.

"Pedimos mil torpedos de oxigênio e até agora não tivemos resposta positiva. Pedimos mais velocidade na vigilância genômica mas até agora não tem nada de concreto, embora a Fiocruz de Pernambuco esteja ajudando. Temos que fazer o sequenciamento genético dessas amostras para saber se há alguma variante. E caso seja comprovada uma nova variante precisamos ter o mesmo tratamento do Maranhão, que recebeu 300 mil doses a mais, além de saber se haverá bloqueio sanitário", pontuou. 

Atualmente, a cepa do vírus que predomina nas amostras avaliadas no estado mostra a predominância da P1 desde o mês de fevereiro, que teve origem em Manaus (AM). Essa conclusão foi constatada a partir de amostras referentes ao mês de fevereiro.