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Apesar das praias estarem fechadas, o exercício perto da orla não para

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Hesiodo Góes/ DP
Fiscalização em alta na orla de Boa Viagem

 

Para muitos recifenses, quarentena não significa sedentarismo. A reportagem do Diario foi até a Avenida Boa viagem para conversar com corredores e ciclistas que não faltaram aos seus exercícios mesmo no isolamento.

Adriano Nascimento, 29, trabalha com hortifrúti e afirma que esse não é momento de relaxar com os exercícios. “Se ficar em casa a loucura leva, a gente precisa se exercitar, ter boa alimentação e uma postura diferente, eu tenho certeza que esse momento vai passar”, comentou.Adriano acredita que o distanciamento é necessário, portanto o decreto protege as pessoas. “A gente tem que obedecer o que o governo manda. As pessoas querem invadir, entram na praia, e por um, pagam todos”, ressaltou.

Para Alexandro Nascimento, 38, seu passeio de bicicleta é uma forma de desafogar o peso da rotina semanal. Alexandro e mais dois colegas da área da empresa em que trabalha como técnico de segurança do trabalho decidiram se reunir para passear pelas ruas do Recife. “A gente passa a semana toda casa-trabalho, então resolvemos reunir a equipe para desestressar, está sendo bastante legal, vamos de boa viagem para o iate clube e voltamos", comentou. O ciclista acredita que o decreto é o melhor caminho no momento para o combate ao vírus. "O decreto é viável, mas a gente sabe que tem muita gente desrespeitando os protocolos”, ponderou.

 

A aposentada Cleide Araújo, 63, pausou sua caminhada matinal para ressaltar ao Diario sua crença de que o decreto estaria deixando as pessoas mais vulneráveis ao vírus."Eu acho que a pessoa tem que trabalhar, se não tem dinheiro e comida a pessoa fica mais frágil, apontou. "Só chega conta e mais conta, ninguém ajuda, sou totalmente contra o decreto. Eu acho que deveria estar tudo aberto, mas com os cuidados necessários, como máscara e álcool", concluiu. 

Entre ciclistas e corredores, o aposentado Alexandre Augusto, 40, esperava passear pela praia neste domingo com o seu filho, Carlos, mas assim que pisou no calçadão, foi interceptado por um policial, que solicitou que eles atravessassem a rua imediatamente.

 

Augusto veio de São Paulo visitar o pequeno Carlos, que mora em Garanhuns, e passar uns dias perto do litoral com seu filho. "Eu vim só passear, cheguei agora, mas é isso, tá tudo fechado com essas restrições, tem lugar que ainda pode andar, aqui não. Esse decreto é bom, as pessoas estão respeitando", comentou.