A pernambucana, que tentava se separar do companheiro, foi atacada quando deixava o apartamento do casal para se instalar por alguns dias na casa da amiga e depois voltar para Pernambuco. Tamires tinha ido ao local buscar Jéssica e acabou morrendo também.
Colegas que trabalhavam com a pernambucana no Hospital Barros Barreto, na capital paraense, e não quiseram se identificar, contaram que a vítima vivia em um relacionamento abusivo com Joelson. Ela pretendia se separar, mas ele a chantageava. O militar ameaçava se matar caso ela o deixasse.
Jéssica já havia pedido exoneração do cargo público que exercia e trabalharia até o dia 10 de fevereiro. A passagem para Pernambuco já estava comprada para o dia 12 de fevereiro, mas não houve tempo para retornar com vida.
No sábado, dia dos assassinatos, ela avisou a tia, Juliana Bezerra, que iria sair de casa porque ja não aguentava a pressão psicológica de Joelson. “Ela também me disse que a amiga Tamires iria buscá-la e que ela ficaria na casa da amiga até a volta para Ipojuca”, explicou a tia. Segundo Juliana, através de conversa pelo WhatsApp, às 11h57, Joelson lhe mandou uma foto e disse que estava ajudando Jésica "a arrumar tudo”.
Na saída da residência, Tamires levou 13 facadas e morreu na hora. Em seguida, Joelson matou a esposa com cinco facadas pelas costas. Os vizinhos escutaram os pedidos de socorro e chamaram a polícia. O suspeito foi preso em flagrante, mas como estava com um ferimento, foi levado ao hospital de emergência e se encontra sob custódia da Aeronáutica. Enquanto espera por justiça, a família de Jéssica reclama que Joelson deveria estar numa unidade prisional comum, já que o crime foi cometido na esfera civil.