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Terreiro de Pai Edson de Omolu recebe visita de secretário de Olinda após passar por episódio de discriminação

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Os terreiros de matriz africana têm um papel fundamental. Eles promovem atividades culturais, sociais e religiosas. Porém, uma das realidades desses locais é o preconceito e discriminação. Localizada em Águas Compridas, em Olinda, a Tenda de Umbanda e Centro Social Caboclo Flecheiro, conhecido como terreiro de Pai Edson de Omolu, foi alvo de invasão nesta quarta-feira (06) - registrada em vídeo pelas câmeras de segurança do local. Por isso, o secretário de Desenvolvimento Social, Cidadania e Direitos Humanos da cidade, Odín Neves, esteve nesta quinta-feira (07) no templo para oferecer apoio aos seus dirigentes.

Não é a primeira vez que o espaço e os membros são vítimas de violência. As ações tiveram início ainda em 2015. Na época, pessoas contra as celebrações tentavam impedir a realização das celebrações, seja agredindo verbalmente os frequentadores do terreiro e o próprio sacerdote. “Vamos reagir para garantir a nossa liberdade de cultuar, vamos dar vez e voz para os nossos espaços”, afirmou Pai Edson de Omolu.

Localizado em Águas Compridas, o espaço oferece gratuitamente cursos de matemática, inglês, reforços para crianças, capoeira e oficinas de percussão. Mais de 50 crianças são atendidas pelo espaço. Atualmente, as atividades encontram-se suspensas devido à pandemia do coronavírus. Além disso, comporta uma Biblioteca Comunitária. Inclusive nesse período da Covid-19, o local já distribuiu mais 1200 cestas básicas e firmou uma parceria privada, realizando a distribuição de 150 cartões de alimentação.

“Repudiamos todo crime de ódio e de racismo religioso, vamos combater esses atos de violência”, assegura o secretário Odín Neves. Estiveram presentes na reunião a coordenadora de Assuntos Religiosos, Alzenide Simões e a coordenadora Étnico Racial, Janacy Mendes e também Ilzenayde Neves, suplente do conselho Étnico Racial de Olinda.