“Os dados já apresentados na iniciativa pioneira em Niterói, no Rio de Janeiro, são promissores, e nossa intenção é expandir essa iniciativa para outras localidades do Brasil, como acontece hoje em Petrolina, reforçando assim, o enfrentamento de controle das arboviroses”, afirmou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo de Medeiros.
O secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, ressaltou a importância da iniciativa para a diminuição dos casos das arboviroses no estado. “Ter mais esse projeto em desenvolvimento é um motivo de grande satisfação. O SUS pode dar certo todas as vezes que a gente articular de forma adequada a academia, a pesquisa, a inovação, a tecnologia, com os três entes trabalhando no mesmo sentido", afirmou o secretário.
Para o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT) do Ministério da Saúde, Laurício Monteiro, a expansão do projeto Wolbachia é um avanço na luta contra o mosquito. “Estamos dando um passo importante no enfrentamento das arboviroses de transmissão pelo Aedes aegypti. Trazer o Método Wolbachia para o Nordeste irá nos ajudar a entender melhor o comportamento dessa estratégia nas condições climáticas locais, podendo expandir posteriormente essa tecnologia para outras localidades da região”, ressaltou.
A parceria foi firmada a partir da assinatura do Termo de Cooperação Técnica, que ocorreu na Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE), e contou com a presença dos representantes do Ministério da Saúde, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis (DEIDT), Laurício Monteiro Cruz, e da coordenadora Geral de Vigilância das Arboviroses, Noely Moura, do líder do Método Wolbachia e pesquisador da Fiocruz, Luciano Moreira, do secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo, da gerente da VIII Gerência Regional de Saúde (Geres), Aline Jerônimo, e da secretária executiva de Vigilância em Saúde de Petrolina, Marlene Leandro dos Santos Peixoto. O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, participou remotamente do evento.
O Método Wolbachia teve eficácia comprovada a partir de um estudo realizado em Yogyakarta, Indonésia. A pesquisa apontou uma redução de 77% na incidência de dengue em áreas tratadas com o microrganismo da Wolbachia em comparação com áreas não tratadas. No Brasil, dados preliminares observacionais apontaram uma redução de 75% dos casos de Chikungunya, em Niterói, no Rio de Janeiro. De acordo com o líder da iniciativa no país, Luciano Moreira, é importante esclarecer a população sobre como funciona a ação. “O engajamento é o momento em que dialogamos com a população, apresentamos o Método, tiramos as dúvidas e explicamos como será feita a liberação do Wolbito, o Aedes aegypti com Wolbachia”, ressalta.
De acordo com o governo, em janeiro de 2021 serão realizados os trabalhos de mobilização social em Petrolina, para explicar o funcionamento da ação. A soltura dos mosquitos com Wolbachia ficará para o primeiro semestre do próximo ano.